Airbus quer construir aviões de emissão zero até 2035

A Airbus, multinacional europeia situada na França, pretende trazer ao mundo o primeiro modelo de aeronave comercial emissão zero até 2035. Três conceitos à base de hidrogênio já foram desenvolvidos. Cada um busca explorar configurações aerodinâmicas únicas.

Companhias aéreas e fabricantes de aeronaves do mundo todo buscam alternativas para reduzir a emissão de carbono. A indústria de aviação global se comprometeu a cortar a quantidade de carbono emitida em 2005 pela metade até o ano de 2050. Para fazer isso, o setor precisará recorrer aos combustíveis sustentáveis.

Segundo o CEO da Airbus, Guillaume Faury, o hidrogênio tem capacidade para reduzir de forma significativa o impacto ambiental causado pelo setor de aviação. A emissão de carbono poderá ser cortada em até 50% com as novas aeronaves. “Este é um momento histórico para o setor de aviação comercial”, afirmou o CEO.

Protótipos da Airbus

Airbus zero emissão
Foto: Airbus via CNN.

Com alcance de mais de 2.000 milhas náuticas, ou aproximadamente 3.700 km, o Turbofan poderá transportar entre 120 a 200 passageiros. Ele será movido por um único motor de turbina a gás modificado cujo combustível, é claro, será o hidrogênio.

Airbus zero turboélice
Foto: Airbus via CNN.

Usando um motor turboélice movido à combustão de hidrogênio, o Turboélice voará até 100 passageiros. Este conceito também possuirá motores de turbina a gás modificados e conseguirá voar por mais de 1.000 milhas náuticas, ou cerca de 1.850 km.

Airbus zero corpo de asa mista
Foto: Airbus via CNN.

Já o modelo “corpo de asa mista” (nome sujeito a modificação) poderá transportar até 200 passageiros. Com um design diferenciado das demais aeronaves, as asas irão se fundir com o corpo do avião, proporcionado um alcance parecido com o do Turbofan.

Desenvolvimento das aeronaves

A Airbus prevê que levará entre 3 a 5 anos para escolher um conceito para ser desenvolvido. A empresa já começou a trabalhar com companhias aéreas, companhias de energia e aeroportos. De acordo com o vice-presidente da aeronave de zero emissão, Gleen Llewellyn, “Isso [a criação das aeronaves] vai originar uma grande mudança no ecossistema de energia e aviação”.

A transição para o hidrogênio irá requerer ações decisivas. Por exemplo, aeroportos precisarão passar a transportar uma quantidade significativa de hidrogênio e criar uma infraestrutura única para o reabastecimento dessas aeronaves.

Apoio governamental também será necessário, incluindo fundos para pesquisa e tecnologia, assim como de mecanismos que encorajam o uso de combustíveis sustentáveis no setor de aviação.

A Comissão Europeia já está considerando pedir que as companhias aéreas usem uma quantidade mínima de combustíveis sustentáveis. Esta medida visa reduzir o impacto ambiental causado pelo setor.

Via: CNN.

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