A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) comunicou que a alta no preço das passagens aéreas no Brasil segue uma tendência mundial.
De acordo com a nota da entidade, as companhias aéreas de todo mundo ainda buscam neutralizar os impactos gerados pela maior crise da história. Em outras palavras, estão se recuperando do período da pandemia de COVID-19.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a tarifa aérea média do segundo trimestre de 2023 ainda estava 10% acima do mesmo período de 2019.
A Abear também destacou a influência do câmbio sob o preço das passagens. Como cerca de 60% dos custos do setor de aviação é em dólar, quando o câmbio não está favorável, as despesas operacionais refletem no preço pago pelos viajantes.
Ainda assim, a associação destacou que, no acumulado de 2023, entre os meses de janeiro e setembro, as tarifas aéreas apresentaram redução de 8,5% no preço em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Passagens aéreas mais baratas no Brasil
No Brasil, outro fator atualmente exerce grande influência sobre o valor das passagens aéreas: o preço do querosene de aviação (QAV). A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) afirmou, em comunicado, que os preços locais não refletem a realidade de um país produtor de petróleo.
O reajuste do preço do QAV é feito no início de cada mês pela Petrobras. Esse processo tem como base os preços do petróleo ao redor do mundo e as taxas de câmbio.
As principais companhias aéreas do Brasil, inclusive, solicitaram ao governo que tome alguma atitude em relação à isso em troca da redução do preço das passagens aéreas. Atualmente, o governo federal pressiona as empresas aéreas a apresentarem propostas para a redução.
No dia 20 de dezembro, as cias devem lançar um pacote de preços para trechos nacionais, segundo afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Ainda não há muitas informações sobre isso.
Via: Infomoney.