O programa Voo Smiles, apresentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em 2020, objetiva modernizar as regras de aviação civil no Brasil. Embora alguns pontos sejam considerados um grande avanço, outros são vistos como polêmicos.
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Um desses pontos é sobre o treinamento dos pilotos. Atualmente, eles devem usar simuladores de voo durante o treinamento e para a revalidação anual. O programa Voo Simples levanta uma discussão sobre a periodicidade deste procedimento.
De um ano, ele passaria a acontecer a cada dois anos. Isso encurtaria as oportunidades dos pilotos de usaram os simuladores de voo para alcançar a proficiência. O simulador é, de fato, uma ferramenta importante para que os pilotos treinem pilotar em uma diversidade de situações, preparando-os para os voos reais. Logo, a segurança das operações aéreas pode ser comprometida.
O diretor geral da CAE, Daniel Portugal, lembrou que a partir de 2016, quando esta exigência foi imposta, houve uma queda superior a 70% em acidentes, incidentes e ocorrências anormais.
“Sabemos que tem o viés econômico, mas quando olhamos para a segurança, sabemos que não é possível conseguir reproduzir situações críticas em treinamentos em voo”, afirmou Portugal.
A CAE é uma empresa canadense atuante no Brasil há 20 anos. A organização trabalha com centros de treinamento, simuladores e outros serviços. Portugal ressalta que até existem países em que a exigência é menor do que a do Brasil.
Outro agravante é o fato de os pilotos estarem voando bem menos devido à pandemia de COVID-19. Logo, eles precisam ser atualizados. “Talvez não seja momento certo para uma mudança. É preciso, no mínimo, aprofundar a discussão”, declarou Portugal.
Uma consulta pública acerca deste tema está aberta. A decisão deve ser encaminhada nas próximas fases do Voo Simples.
Via: Mercado & Eventos.