Impressionante: avião fica sem combustível e plana por 120 km
Uma história de aviação no mínimo inusitada de 2001 vai deixá-lo impressionado. Em 23 de agosto daquele ano, às 20h20, o avião Airbus A330 havia acabado de partir de Toronto, no Canadá, para Lisboa, em Portugal. Ele levava 306 pessoas, sendo que 293 eram passageiros e 13 eram tripulantes.
O comandante Robert Piché, de 48 anos, e o primeiro oficial Dirk de Jager, de 28 anos, pilotavam a aeronave, que fazia o voo da Air Transat, companhia aérea canadense com base em Montreal.
Logo após a decolagem, a aeronave foi desviada pelo controle de tráfego aéreo para evitar congestionamento. O voo passou a seguir a rota 96 km ao sul de forma paralela ao eixo da rota inicial. Essa mudança foi fundamental para salvar a vida das 306 pessoas a bordo.
Aparecimento dos problemas
Os primeiros indícios de que algo estava errado apareceram somente 5 horas depois. Um sinal indicou que o óleo do motor dois, localizado à direita, apresentava alta pressão e temperatura baixa. Os pilotos comunicaram a equipe de manutenção da companhia e receberam a orientação para permanecer monitorando a situação.
Momentos depois, outro sinal indicou a existência de um problema mais grave. As telas da aeronave mostraram um alerta de desbalanceamento de combustível. Em outras palavras, uma asa possuía mais combustível do que a outra. No entanto, os pilotos não conseguiram identificar o que estava causando esse desnível.
Na tentativa de solucionar o problema, o comandante abriu a abertura de uma válvula para transferir combustível dos tanques da asa um, à esquerda, para os da direita. Porém, uma falha impediu que o combustível chegasse ao tanque. Os pilotos passaram a monitorar o uso do combustível a cada 30 minutos.
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Às 5h41, a tripulação do Airbus A330 solicitou um desvio da rota ao controle de tráfego. Eles planejavam pousar no aeroporto mais próximo. Às 5h48, porém, foi declarada situação de emergência devido aos baixos níveis de combustível.
Às 6h13, o motor dois, à direita, se apagou. Dez minutos depois, o motor da esquerda também deixa de funcionar.
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O A330 se tornou um planador gigante
A ausência dos motores levou outros sistemas a pararem de funcionar. As luzes da cabine de passageiros se apagaram e a pressurização da cabine foi perdida, fazendo com que todos passassem a usar as máscaras de oxigênio. O sistema hidráulico principal, o qual opera os flaps, freios aerodinâmicos e spoilers, também se apagou.
Naquela situação, a descida do A330 até o chão aconteceria em 15 minutos. Esse foi o tempo necessário para o avião chegar à Ilha Terceira. Para reduzir a velocidade do avião sem os freios aerodinâmicos, os pilotos precisaram fazer uma volta de 360 graus e outras manobras aéreas.
Às 6h45, a velocidade de 370 km/h, acima da recomendada para o pouso, o avião tocou a pista da base aérea. Oito pneus estouraram com o excesso de pressão sobre as rodas. Felizmente, a aeronave parou por completo já na metade da pista, salvando a vida de todos os passageiros e tripulantes.
Via: UOL
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