Consegue imaginar morar em um condomínio formado por casas medievais na região da Toscana por apenas 1 euro? Esse é o sonho que o empresário brasileiro Douglas Roque, 49 anos, construiu.
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No vilarejo de pouco menos de 800 habitantes, Fabbriche di Vergemoli, o brasileiro vive e assessora brasileiros interessados em morar na Itália. Junto de seu sócio, o arquiteto Alberto da Lio, 49 anos, Douglas auxilia futuros proprietários de imóveis italianos com os tramites legais e construção ou restauração necessárias para habitação.
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O serviço custa, em média, 9 mil euros (R$ 58.094 na cotação de hoje).
A ideia dos sócios é construir um condomínio para brasileiros com casas de 1 euro em Borgo di Ventriceto, povoado abandonado no vilarejo. Até o momento, 15 famílias brasileiras e duas italianas já adquiriram seus imóveis. Como a burocracia na Itália é tão extensa quanto a do Brasil, Douglas levou mais de um ano para organizar a documentação das propriedades.
Mas os futuros moradores não têm problema algum em esperar! Afinal, muitos estão realizando um sonho antigo de morar sob o sol da Toscana italiana. Mais precisamente, na província de Lucca.
Condomínio em Borgo di Ventriceto
Os imóveis em Borgo di Ventriceto possuem entre 1.500 e 1.600 anos. O projeto de restauração pretende dar uma nova cara às tradicionais casas de pedras de ardósia e janelas altas e arredondadas, mas ainda preservar os materiais históricos e patrimônios.
O perfil das famílias brasileiras que desejam morar no vilarejo histórico é variado. Vão desde casais com filhos até jovens adultos que planejam se mudar no futuro para a Itália. Descendentes de italianos também têm interesse em se mudar para Itália, a terra de seus ancestrais, e fazerem do vilarejo a sua casa.
Alguns proprietários planejam alugar a residência para turistas, estudantes e trabalhadores temporários, possibilitando que mais pessoas vivenciam como é morar na Toscana italiana.
As casas devem ficar prontas em aproximadamente um ano e meio.
Casas baratas na Itália
Desde 2016, tornou-se uma prática comum na Itália vender imóveis por 1 euro (R$ 6,45 na cotação de hoje) – ou preços simbólicos – na tentativa de atrair moradores para vilarejos e cidadezinhas abandonadas ou prestes a serem abandonadas.
Como um grande número de moradores se mudam para os grandes centros em busca de emprego, muitas regiões históricas perderam moradores.
Os novos proprietários normalmente precisam reformar as casas até um determinado período determinado pela prefeitura da cidadezinha e arcar com as despesas da documentação. Em alguns casos, também devem iniciar um negócio local para movimentar a economia das cidadezinhas.
Uma facilidade lançada recentemente é o programa de incentivo fiscal SuperBonus110%, do governo italiano. Com ele, proprietários têm até 110% de desconto para realizar reformas e tornar as suas casas mais seguras e sustentáveis.
Ele cobre cerca de 98% dos serviços realizados em obras de propriedades. Portas internas, louças, metais de pias, móveis e eletrodomésticos não são considerados válidos pelo programa. Esses itens custam em média 2 mil euros, o que eleva o custo do serviço de Douglas e Alberto para 11 mil euros (R$ 71.004 na cotação de hoje).
Convertendo para a real o valor para construir/reformar uma casa no exterior ainda fica bom, não é mesmo?
Via: UOL.