A melhor forma de pagar gastos no exterior
A princípio, existem 3 formas de pagar seus gastos no exterior: dinheiro em espécie, cartão de débito e cartão de crédito internacional. Todas apresentam prós e contras e cabe a você decidir qual a forma que melhor se encaixa na sua viagem.
Saiba que sobre todas elas incide o IOF – Imposto sobre Operações Financeiras de Crédito, Câmbio e Seguro, que, no geral, costuma ser de 6,38%, e tanto faz se você compra ou saca no exterior ou adquire papel moeda aqui no Brasil. Sempre será acrescentado esse valor percentual à movimentação financeira.
Mas, então, qual a melhor forma de pagar gastos no exterior?
1. Dinheiro
Desde 2016, toda vez que você adquire moeda em espécie precisa pagar 1,1% de IOF no momento da compra. Ainda assim continua sendo vantajoso se você considerar a diferença de 5,28% para a taxa dos cartões de débito e crédito.
Além disso, a cotação é fixa e única, pois é a do momento da compra. Então, você não tem surpresas quando chega a fatura do cartão de crédito, por exemplo.
É o tipo de forma de pagamento ideal para quem vai fazer viagens mais curtas e para quem quer economizar. O problema é que viajando apenas com dinheiro, se você perdê-lo, não tem como recuperá-lo e seguir viagem.
Um fator que deve ser levado em consideração quando se compra moeda em espécie é se vale a pena comprar a moeda do próprio país para onde se está viajando ou se a cotação dela aqui no Brasil não faz valer mais a pena comprar euros ou dólares em seu lugar.
Faça a conta: real x conversão da moeda do país comprada no Brasil e real x conversão dólar/euro x conversão da moeda no próprio país. Veja qual conta é mais vantajosa. Normalmente, em países com “moeda fraca” a segunda conta é a melhor opção. Você até perde dinheiro, mas menos do que se comprasse a moeda do país aqui. Isso porque são moedas de pouca procura no Brasil (daí a cotação mais alta que o normal), ao passo que euro, libra e dólar têm grande liquidez por aqui.
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Até 2013, o cartão pré-pago era uma das melhores formas de pagar gastos no exterior, pois o IOF era mínimo, apenas 0,38%. Hoje em dia, acompanha a taxa do cartão de crédito de 6,38%, mas tem a vantagem, assim como o dinheiro em espécie de fixar a cotação da data da compra, evitando sofrer com câmbio flutuante brasileiro, o que contribui para o planejamento da viagem. Sem contar a segurança, que o dinheiro não oferece, de ser bloqueado e reposto em caso de perda, roubo ou extravio, evitando a perda da quantia depositada.
Outra vantagem é que pode ser recarregado durante a viagem via internet banking, caso seja necessário, além de permitir a modalidade saque, sob a cobrança de uma taxa descontada automaticamente.
Assim como no papel moeda, as melhores conversões ocorrem com dólar, euro e libra, mas, se você usá-lo em outra moeda, a conversão é feita automaticamente, com alguma perda de dinheiro. Já existem cartões que aceitam ser carregados em oura moedas como o iene japonês, dólar canadense, peso argentino, dólar australiano, dólar neo-zelandês, franco suíço e rand sul-africano, além do cartão multi-moedas, que permite carregar até 6 moedas diferentes em um único cartão pré-pago.
Se o dinheiro em espécie é ideal para viagens curtas, o cartão pré-pago, funciona muito bem para viagens mais longas, como um intercâmbio, por exemplo.
3. Cartão de crédito internacional
Ele voltou a ser uma boa forma de pagar gastos no exterior com o aumento da alíquota do IOF dos cartões pré-pagos porque, ao contrários daqueles, estes acumulam milhas. Talvez a principal vantagem em se optar por essa forma de pagamento no exterior hoje em dia. Isso porque a maioria dos cartões ainda mantém a fixação da cotação da data do fechamento da fatura e não da data da compra, o que pode ser bom ou ruim, dependendo da variação cambial da economia brasileira, sem contar o IOF. Isso pode acabar com qualquer planejamento financeiro de viagem, sem falar que com o cartão em mãos é mais fácil fazer comprinhas não planejadas.
Mas, em compensação, a maioria do cartões oferece seguro viagem internacional gratuito se a passagem for comparada com eles, podem ser bloqueados e repostos (não imediatamente) em caso de perda, roubo e extravio (como os pré-pagos) e alguns ainda oferecem sala vip em muitos aeroportos.
O ideal, neste caso, é levar moeda em espécie e deixar o cartão de crédito para emergência ou para o caso de ser necessário comprar algo de valor expressivo para não extrapolar o orçamento.
4. Cartão de débito internacional
Falamos sobre as principais formas de pagar os gastos no exterior, mas existe uma quarta muito pouco conhecida e utilizada que é habilitar seu cartão de débito junto ao seu banco aqui no Brasil para ser utilizado no exterior (não são todos os bancos que oferecem essa modalidade).
Uma vez habilitado, ele funcionará normalmente, da mesma forma que funciona aqui no Brasil, tanto para saques quanto para compras no débito direto na sua conta no Brasil. Costumava ser uma ótima opção antes do aumento do IOF para cartões de débito em 2013, principalmente na modalidade débito. Hoje em dia, para sacar, você tem de pagar uma taxa pela utilização do caixa eletrônico e uma taxa ao banco pelo saque internacional, que são fixas e são superiores aos 1,1% do IOF do papel moeda, por exemplo, sendo mais vantajoso levar dinheiro em espécie.
Comparando com os cartões de crédito, os de débitos costumam ter limites baixos para gastos e saques, compensando somente se você pretende “travar o câmbio” na data do saque/gasto, mas isso só tem sentido se o câmbio estiver flutuando muito, principalmente se você considerar todas as taxas cobradas.
Assim, usar o cartão de débito só se você pretende usar o dinheiro que está na sua conta para grandes saques, que compensem as taxas.