A afirmação otimista do CEO da Azul, John Rodgerson, surgiu durante uma entrevista ao NeoFeed na última quarta-feira (1º). O plano da companhia aérea é retomar a operação de todos os voos diários até julho de 2020.
A crise econômica resultante da pandemia do coronavírus forçou a empresa a reduzir em 90% de suas operações. Atualmente, a Azul conta somente com 70 voos diários.
Esta quantia provavelmente se estenderá por todo o mês de abril. Para maio, contudo, o plano é chegar a 300 voos diários. Em seguida, em junho, aumentar para 700 e, por fim, em julho, atingir os 900 voos diários.
O caixa da Azul é o suficiente para enfrentar um ou dois meses com a demanda reduzida. O futuro incerto, porém, pede que decisões sejam tomadas rapidamente.
“Eu acho que tem três empresas (Gol, Latam e Azul) que são saudáveis e tem seu espaço neste mercado”, afirmou Rodgerson em uma entrevista concedida ao canal do Youtube do Infomoney. “Neste momento, eu acho que as três sobrevivem. Vai ser difícil, vamos perder dinheiro. É possível que todas tornem-se menores do que estão hoje, mas acredito que tem espaço para as três.”
A frota da Azul é composta por 150 aviões, mas apenas 20 estão em funcionamento. Os outros 130 que se encontram parados geram perdas mensais de R$260 milhões. Para prevenir demissões em massa a empresa adotou a licença não remunerada.
“[Depois da quarentena] acho que muitas pessoas vão querer sair de casa e fazer coisas diferentes. Vai ser um pouco devagar, mas o mundo vai se reconectar”, afirmou o CEO ao Infomoney.
Rodgerson acredita que a linha de crédito anunciada pelo BNDES para ajudar as companhias aéreas vai ser positiva para o setor. Porém, ainda está receoso em relação às condições e ao custo desses empréstimos.