Você conhece o Combustível Sustentável de Aviação (SAF)? A produção desse tipo de combustível é feita a partir de matérias-primas renováveis, como cana-de-açúcar, plantações de eucalipto e até óleo de cozinha usado.
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O governo federal propõe incluir o SAF no “Programa Combustível do Futuro” para regulamentar a produção e o uso no Brasil. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) acompanha de perto esta iniciativa.
Segundo ela, o benefício de substituir o querosene de aviação (QAV) pelo SAF está na descarbonização das operações aéreas, um compromisso firmado pelo setor de aviação global para reduzir e compensar a emissão do CO2.
“Temos convicção que o Brasil possui um grande potencial para liderar o desenvolvimento de biocombustíveis devido à facilidade de acesso a diferentes matérias-primas e ao aumento da demanda por todos os países, podendo assumir a liderança global na produção do SAF em larga escala”, informa o comunicado da ABEAR acerca do programa do governo federal.
O uso do SAF no Brasil somente será viável se a política de utilização garantir a neutralidade de custos para o setor de aviação, dado que 40% das despesas das companhias aéreas são somente com o combustível.
É importante detalhar a relação de oferta e demanda do combustível sustentável de aviação para o preço ser competitivo com os combustíveis fósseis, que consistem no petróleo, carvão mineral e gás natural.
O ABEAR também comunica que “o diálogo com as companhias aéreas é necessário para que externalidades negativas não impactem os passageiros, a conectividade proporcionada pelo setor aéreo e tampouco gere aumento de custos”.
A mudança do tipo de combustível usado pelas companhias aéreas pode resultar em um aumento de preços de passagens aéreas em um primeiro momento. Entretanto, a longo prazo trará preços melhores para os consumidores e um ambiente de aviação comercial mais sustentável.
Via: Abear.