Companhias aéreas norte-americanas tomaram uma decisão drástica para incentivar funcionários a se vacinarem contra a COVID-19: quem não se vacinar, será demitido. Ela foi motivada pelo decreto do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que determina que contratados federais devem estar totalmente vacinados até o dia 8 de dezembro de 2021.
A United Airlines afirmou que 600 colaboradores seriam demitidos por se recusarem a tomar a vacina. Cerca de 99% da força de trabalho, composta por mais de 67 mil funcionários, está totalmente imunizada.
Já a American Airlines determinou um prazo final para que os funcionários busquem a imunização completa contra a COVID-19. Aqueles que não se vacinarem até o dia 24 de novembro estarão automaticamente sujeitos à demissão.
A Southwest Airlines determinou o mesmo prazo para incentivar seus funcionários a buscarem a imunização. A data foi escolhida por ser um dia antes do Dia de Ação Graças, uma época com muita movimentação nos aeroportos e de alta demanda de viagens aéreas.
Tanto a American e a United quanto a Southwest permitem apenas duas exceções: profissionais que possuem uma condição de saúde que inviabiliza a imunização contra a COVID-19 ou que tenham crenças religiosas.
O decreto do presidente norte-americano também inclui empresas com mais de 100 funcionários. Neste caso, funcionários devem apresentar comprovante de vacinação completa ou se submeterem a testes de COVID-19 semanais. Dessa forma, centenas de empresas estão modificando as suas políticas para seguir o decreto presidencial.
Reações diversas
Cerca de 250 de funcionários – entre eles pilotos, comissários de bordo, engenheiros, agentes de aeroporto, entre outros – se reuniram em frente à base da American Airlines em Fort Worth, no Texas, com cartazes para protestar a medida. O grupo não era totalmente composto por pessoas anti-vacinas. Uma boa parte dos colaboradores que compareceu ao protesto não era contra a vacinação, mas ainda optou por não se imunizar por outras razões.
Associações de pilotos, comissários de bordo e outros profissionais estão tentando dialogar com as empresas para que haja outra solução para quem não quer se vacinar.
Via: The New York Times.