Destinos ao redor do mundo adotam medidas para barrar Airbnb

O Airbnb enfrenta um impasse. Os serviços da plataforma de hospedagens têm sido restritos em vários cantos do mundo.

Nova York, nos Estados Unidos, passa por uma crise imobiliária. Aluguéis caros empurram os moradores para as periferias da cidade, onde encontram aluguéis mais em conta. O Airbnb foi tido como um dos fatores para esse cenário.

Com imóveis disponíveis em pontos estratégicos da cidade para turistas, quem precisa de moradia em Nova York tem dificuldade para encontrar um lugar. Além disso, a ocupação do Airbnb contribui para o aumento do valor do aluguel, uma vez que as opções disponíveis para residir diminuem.

A Local Law 18 foi estabelecida no mês de setembro para regularizar o aluguel de imóveis. A nova legislação permite a locação de quartos da residência do proprietário e proíbe os aluguéis de curta duração com menos de 30 dias. Além disso, o proprietário deve efetuar um cadastro na prefeitura e pagar uma taxa de cerca de R$ 700 a cada dois anos.

Nova York não é a única.

O problema do Airbnb na Europa

Barcelona, na Espanha, também trava uma batalha contra o Airbnb. Atualmente, tenta conter os anúncios ilegais de estadia na cidade. Desde 2011, todos os anúncios na plataforma devem exibir números de licenciamento.

A plataforma de hospedagem compartilhou, no mês de julho, que 30% dos 15.655 anúncios para hospedagem em Barcelona poderiam ser ilegais, com licenciamento falsificado. Além disso, muitos proprietários não cumprem os requisitos de licenciamento.

Em Lisboa, em Portugal, o problema é semelhante ao de Nova York: superlotação de viajantes na cidade, resultando no aumento do preço dos aluguéis. Em 2018, pontos turísticos populares da cidade registraram a visita de cerca de 4,5 milhões de visitantes. Lisboa tem apenas 500 mil habitantes.

Para frear a ocupação de imóveis por turistas, a cidade optou por não conceder mais licenças Airbnb para anfitriões.

Outras medidas adotadas foram isenção fiscal para proprietários de imóveis, incentivando o seu uso como residências convencionais e não de aluguel de curta duração, e regulação de preços de locações por temporada.

Berlim, na Alemanha, proibiu o aluguel de curta duração em 2016 para combater a crise imobiliária na cidade. Quartos estão liberados para a locação, assim como acontece em Nova York. Imóveis secundários também podem ser alugados por, no máximo, 90 dias de aluguel por ano.

Via: Casa Vogue.

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