Apenas a duas semanas do início do verão europeu, os países do continente se preparam para a abertura gradual do turismo. A expectativa é atrair visitantes para recuperar parte dos quase devastadores prejuízos econômicos causados pela pandemia de COVID-19.
Para que a reabertura fosse possível, os países europeus tomaram algumas decisões. Confira-as abaixo.
Suspensão da quarentena
Países europeus suspenderam a exigência da quarentena de 14 dias aos visitantes. Cada país, contudo, estabeleceu as suas próprias regras conforme a situação de infecção em seu próprio território e em outros países.
A Itália, por exemplo, abriu as portas somente para os europeus. Já a Grécia preparou uma lista de países que podem entrar no país, estando o Brasil excluído desta. A Espanha prevê a abertura para turistas vindos de países com baixos índices de infecção de COVID-19 a partir de 1º de julho.
A Áustria suspendeu a quarentena para todos os oito países vizinhos, excetuando a Itália. A Alemanha e a Holanda vão remover as restrições impostas aos turistas de 27 países da União Europeia. A única exceção é a Suécia, que foi excluída da lista pelo governo holandês.
Mudança de imagem
Neste verão europeu, a preocupação dos viajantes deixou de ser somente quais destinos desejam visitar e passou a ser quais destinos oferecem menos risco de contágio. Por isso, os países da UE têm trabalhado para ir de encontro às expectativas dos turistas.
A Itália, por exemplo, quer modificar a imagem negativa de que o país é um local extremamente contagioso e promover passeios ao ar livre e experiências exclusivas para pequenos grupos de turistas.
Em maio, a Comissão Europeia já tinha definido condições para reabrir as fronteiras da UE. Entre os requerimentos estavam o controle de disseminação de COVID-19, capacidade do sistema de saúde para atender tanto a população local quanto os visitantes, monitoramento epidemiológico, medidas de higiene e de segurança em estabelecimentos de turismo e treinamento de colaboradores sobre o coronavírus.
Além dos requesitos acima, outras medidas foram criadas pelos países para promover ainda mais a segurança dos turistas. Um exemplo disso é a Espanha, que preparou 21 guias de medidas higiênico-sanitárias para reduzir o contágio de coronavírus nos ambientes turísticos.
Protocolos de segurança
Muitos hotéis criaram áreas de segurança para diminuir o contágio de coronavírus enquanto atrativos turísticos desenvolveram formas de promover o distanciamento social. Algumas delas são sinalizações de onde os turistas devem se posicionar, compra de ingressos on-line, redução de visitantes por hora em pontos turísticos, entre outros.
O distanciamento social também passou a ser obrigatório em hotéis, restaurantes, praias e passeios. Nas áreas de lazer das hospedagens, as pessoas deverão ficar a, pelo menos, 10 metros de distância. A condição é a mesma para os turistas que desejam fincar seus guarda-sóis nas praias europeias.
Nas áreas protegidas dos hotéis, funcionários terão que aferir a temperatura diariamente e fazer testes rápidos de anticorpos. Os hóspedes também poderão ser submetidos a testes rápidos para comprovar a sua condição de saúde.
Caso seja necessário, o turista deve relatar por quais locais passou durante a estadia no destino para que seja feito um monitoramento, especialmente se apresentar sintomas de COVID-1.