Uma lei que encontrou em vigor na última terça-feira (05) na cidade de Nova York limita as operações da plataforma Airbnb e regulamenta todos os aluguéis de curto prazo no destino.
A partir de agora, todos os anfitriões de aluguéis de curto prazo em Nova York deverão se registrar na cidade para oferecer o serviço de estadia. Somente aqueles que moram na propriedade que estão alugando podem se qualificar.
Há, ainda, outra exigência limitante: os proprietários precisam estar presentes durante a estadia do hóspede. Sendo assim, os aluguéis de apartamentos ou casas inteiras não serão mais possíveis.
A lei local de número 18 foi sancionada para reduzir os estragos causados pelos aluguéis de curto prazo, como produção excessiva de lixo, ruídos oriundos de festas de apartamentos alugados e, sobretudo, a expulsão de moradores de Nova York de seus próprios bairros.
Muitos proprietários do Airbnb em Nova York possuem centenas de anúncios, visto que compram apartamentos justamente para alugá-los. Consequentemente, a oferta de apartamentos para a residência diminuiu consideravelmente nos últimos anos.
Por outro lado, há também nova-iorquinos que alugam seus imóveis enquanto estão fora da cidade para fazer um dinheiro extra. Os aluguéis de curto prazo também atraem viajantes em busca de estadias mais baratas e, às vezes, mais confortáveis que os hotéis.
O Airbnb tentou encontrar alternativas para continuar ofertando o serviço de hospedagem, mas, até agora, todas as suas tentativas foram em vão.
“A cidade está enviando uma mensagem clara a milhões de potenciais visitantes que agora terão menos opções de acomodação quando visitarem a cidade de Nova York: vocês não são bem-vindos”, afirmou o diretor de política global do Airbnb, Theo Yedinsky.
Nova York atualmente sofre com a falta de residências para os seus moradores e altos índices de pessoas sem-teto. Quem encontra bons apartamentos, estúdios e até garagens, alugadas para moradores desesperados por uma casa, precisa pagar um valor exorbitante de aluguel devido à baixa oferta.
Nova York não está sozinha
Outros destinos norte-americanos estão adotando medidas semelhantes para limitar os aluguéis de curto prazo e tornar a cidade mais agradável para quem realmente reside nelas. Dallas, no Texas, limitou os aluguéis de bairros específicos para reduzir a ocorrência de festas perturbadoras e perigosas.
Memphis, no Tennessee, passou a exigir licença dos proprietários dos imóveis para aluguéis de curto prazo. São Francisco, na Califórnia, permite que os anúncios de aluguéis permaneçam no Airbnb por 90 dias ao ano. Ou seja, cada proprietário tem 90 dias para alugar o seu imóvel.
Destinos fora dos Estados Unidos também já adotaram medidas para limitar essa modalidade de aluguel: Quebec, no Canadá, também passou a exigir licença de proprietários para que eles possam alugar seus imóveis. Amsterdã, na Holanda, impôs um limite de 30 noites por ano de anúncio de aluguel de curto prazo por propriedade. Em Paris, capital da França, esse limite é 120 dias.
Berlim, na Alemanha, já chegou a banir todos os anúncios do Airbnb, cessando as atividades da plataforma no país por completo, mas voltou atrás em 2018.
Via: Wired e Pewtrusts.