GOL registra R$ 7,4 bilhões de lucro e aumento de decolagens e número de passageiros em 2021
A VoeGOL divulgou os resultados consolidados do quarto trimestre de 2021 (4T21) nesta segunda-feira (14). Também foram compartilhados dados referentes ao ano de 2021 inteiro. O CEO da GOL, Paulo Kakinoff, afirmou que a cia fez progressos significativos em diversos indicadores de sucesso, os quais derivam do modelo de negócios da empresa.
Prejuízos
A companhia aérea registrou prejuízo líquido de R$ 2,8 bilhões no 4T21. O prejuízo financeiro é referente aos gastos que a cia teve com aeronaves e motoros ociosos durante a pandemia de COVID-19. O investimento necessário para retomar a operação é alto.
Outro fator é a desvalorização do real. Como a maioria das despesas das companhias aéreas é em dólar, quanto mais alto o câmbio, mais é preciso desembolsar para quitar serviços.
Excluindo as despesas decorrentes da variação cambial, a GOL registrou prejuízo líquido de R$ 682 milhões no quarto trimestre de 2021, uma queda de 20,9% na comparação com os números ajustados do ano passado.
O prejuízo líquido do ano de 2021 aumentou 20,6% em relação a 2020, alcançando R$ 7,2 bilhões.
Lucros
Em contrapartida, a GOL obteve uma receita líquida de R$ 7,43 bilhões, um aumento de 16,7% em relação a 2020. A receita operacional líquida trimestral foi de R$ 2,9 bilhões, demonstrando um crescimento de 54,5% em relação ao quarto trimestre de 2020.
A GOL registrou liquidez de R$ 3,7 bilhões no final do quarto trimestre de 2021, e encerrou o ano com R$ 635 milhões de dívidas de curto prazo. Esse é o menor nível registrado desde 2018.
A demanda total cresceu 16% no quarto trimestre de 2021, atingindo a marca dos 67,3% observados no quarto trimestre de 2019, antes da pandemia de coronavírus. Já a capacidade aumentou em 14,5%. Assim, a GOL transportou 6,5 milhões de passageiros no 4T21. Somente no mês de dezembro 2,5 milhões de passageiros voaram com a aérea.
Em 2021, foram 18,9 milhões de passageiros transportados. Este número representa uma alta de 13,1% em relação a 2020. Embora o resultado seja positivo, o resultado ainda é 47,9% menor que os valores registrados em 2019.
Sendo assim, a cia possui financiamentos de longo prazo para adquirir aeronaves 737 MAX. Elas integram o plano de transformação da sua frota aérea programado para 2022. Até o final deste ano, a companhia aérea pretende ter 44 aeronaves 737-MAX em operação, cerca de 32% da frota total.
Via: Infomoney, Mercado & Eventos e Valor Investe.