A GOL entrou, oficialmente, com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Falências de Nova York, nos Estados Unidos.
A companhia aérea já havia anunciado há alguns dias sobre a possibilidade de iniciar o processo de recuperação nos EUA, visto que é mais vantajoso do que fazê-lo no Brasil, segundo a empresa aérea.
Com isso, a GOL pretende renegociar as suas dívidas e obter um financiamento de US$ 950 milhões (cerca de R$ 4.6 bilhões na cotação de hoje) para continuar as suas operações no Brasil.
Embora não seja um caminho tão fácil assim para a reestruturação da empresa, uma vez que ela não possui uma atuação expressiva nos Estados Unidos, a GOL optou por tentar.
Segundo dados divulgados pela própria cia, ela acumula uma dívida de quase R$ 20 bilhões. Entre os fatores que contribuíram para esse déficit estão as despesas com o aluguel de aeronaves, juros e a dificuldade de recuperação do período de suspensão de atividades durante a pandemia de COVID-19.
A GOL também enfrenta um problema de logística devido ao atraso na entrega de aeronaves compradas da Boeing. A demora prejudicou o crescimento da companhia aérea conforme o planejamento dos executivos.
A companhia aérea detém 33% de participação de mercado na indústria de aviação comercial brasileira, ficando atrás somente da LATAM Brasil.
Como isso afeta quem já comprou passagens aéreas ou pretende comprar?
Enquanto esse processo se desenrola, viajantes não precisam se preocupar com os seus voos.
A companhia aérea anunciou que as viagens aéreas de passageiros, o transporte de carga da GOLLOG e o programa de fidelidade Smiles continuam em operação normalmente. Os serviços de reservas de voos também permanecem sem interferências.
Além disso, os direitos dos consumidores estão garantidos pelo Procon em caso de solicitação de recuperação judicial por parte da empresa. Ainda que esteja envolvida no processo, no âmbito comercial, a empresa continua comercializando os seus produtos e serviços normalmente.
Via: Remessa Online e Money Times.