Governo britânico vai pagar metade da conta de quem comer fora

A Inglaterra está com um programa bastante excêntrico para ajudar na retomada da economia do país, o qual foi anunciado na semana passada. Quem sair para comer durante o mês de agosto vai “rachar” a conta com o governo.

O programa “Eat Out to Help Out”, em português “coma fora para ajudar”, vai oferecer até 50% de desconto na conta de refeições do almoço ou do jantar feitas nos estabelecimentos locais no período de segunda a quarta-feira.

O governo pagará somente até o valor de 10 libras (R$ 67), sendo que as bebidas alcoólicas não estão incluídas no programa. Ou seja, se a conta for muito alta, o cliente receberá um desconto de até 10 libras no pagamento.

O ministro de Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou que iniciativas criativas são necessárias para resolver os problemas econômicos gerados pela pandemia do novo coronavírus. O objetivo principal deste programa é incentivar o consumo de refeições em restaurantes, cafés e pubs e, assim, preservar o trabalho de aproximadamente 1,8 milhão de pessoas.

O programa inclui outras medidas para ajudar a economia como a diminuição de impostos para os empresários, bônus financeiro por funcionário para evitar demissões e criação de programas que estimulem a contratação de jovens entre 16 a 24 anos bem como bônus para empresas que abrirem vagas para esta faixa etária. Os contratos devem ser de pelo menos 25 horas semanais.

Os estudos dos jovens entre 18 a 19 anos que não conseguirem arrumar um emprego serão financiados pelo governo. Porém, ainda não se sabe detalhes de períodos ou valores.

Opiniões mistas

Alguns cidadãos ingleses não gostaram da ideia.

No mês de abril, os pedidos de doações de comida aumentaram em 175%. As doações foram destinadas às famílias carentes que enfrentam dificuldades financeiras por conta da pandemia. Sair para comer neste contexto, segundo os cidadãos contra o programa, não faz sentido.

Outra preocupação é um novo aumento de casos de COVID-19, resultando em uma segunda onda de surtos. Algumas pubs de cidades do interior já fecharam as portas novamente devido ao surgimento de casos em localidades próximas.

O ministro de Finanças, no entanto, acredita que não há riscos de isso acontecer. “Sei que as pessoas estão receosas sobre sair de casa, mas não teríamos retirado as restrições se não achássemos que podemos fazê-lo com segurança”, comentou.

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