Punta del Este não é só baladas e cassinos. Apesar de ter essa fama, o balneário uruguaio tem muito mais a oferecer se você tiver tempo para explorá-lo. Bons restaurantes, ótimas praias (mesmo que muitas vezes geladas), um centrinho estilo Miami, muitos brasileiros, excelente estrutura turística e a Casapueblo, com sua arquitetura pitoresca e pôr-do-sol fantástico. O grande barato de Punta é atender a todo tipo de turista. Veja essas dicas de Punta del Este para curtir o balneário.
Quanto tempo ficar
Depende de quanto tempo disponível você tem e em qual época do ano irá. Tendo apenas 1 dia, vá e faça bate-volta; tendo mais, fique mais – pelo menos 2 noites – principalmente se for entre o Natal e o nosso carnaval, especialmente em janeiro. Prefira até ficar mais dias no balneário do que em Montevidéu nesse período. A cidade estará cheia tanto de turistas estrangeiros quanto dos argentinos e uruguaios aproveitando as férias e os bares, restaurantes e boliches estarão, com certeza, abertos. Na Semana Santa a cidade volta a encher, mas sem agito na praia nem balada.
Não vai nessa época? Não tem problema. Punta, mesmo no frio, vale a visita. Você só não irá conseguir curtir as praias e terá de levar um bom agasalho, mas será um ótimo passeio para relaxar. No inverno, vale se hospedar por lá se você quiser aproveitar o cassino Conrad à noite.
Procurando por promoção de passagens aéreas para Punta del Este? Acesse nossa página inicial e confira as últimas promoções de passagens aéreas nacionais e internacionais lançadas, listas com voos baratos e passagens aéreas promocionais GOL, LATAM, Azul, Avianca…
Como chegar
Não é preciso entrar em Montevidéu, ao desembarcar no aeroporto de Carrasco, para seguir para Punta. Há uma autoestrada ligando as duas cidades, passando pelo aeroporto, o que reduz o tempo da viagem (cerca de 15 km).
Por estar localizada geograficamente no lado oposto de Colonia del Sacramento, em relação a Montevidéu, fica difícil unir os dois destinos sem fazer a capital uruguaia de base, uma vez que até Colonia são 180 km para a “esquerda” do mapa e até Punta, 130 km à “direita”. O indicado é ir um dia a Colonia, voltar para Montevidéu e no dia seguinte visitar Punta. A viagem será menos cansativa e mais proveitosa.
Mas, se você topar essa maratona, são 310 km de trajeto entre os centros das duas cidades, podendo ser feito pela combinação da Ruta 1 com Interbalnearia, passando por dentro de Montevidéu ou, então, combinando as Rutas 1 e 11. Reserve, pelo menos, 4h30 para essa viagem de carro ou 6h de ônibus, com transbordo em Montevidéu (não tem ônibus direto).
? CARRO | Saindo de Montevidéu, pela Interbalnearia, também passando por duas praças de pedágio na ida e na volta ($80,00 cada). A viagem leva de 1h a 1h30.
? ÔNIBUS | São duas opções de empresas de ônibus para ir de Montevidéu a Punta: a COT (www.cot.com.uy), mais usada, e a COPSA (www.copsa.com.uy), com ônibus mais velhos. A viagem, neste caso, leva 2h, em média. É razoavelmente tranquilo comprar a passagem na chegada no aeroporto de Montevidéu, à exceção em períodos de feriados, e são disponibilizados muitos horários. Se você, por outro lado, já estiver hospedado em Montevidéu, pegue o ônibus na Rodoviária Tres Cruces – a tarifa é a mesma, mas você não precisará se deslocar até o aeroporto. O esquema de compra das passagens é o mesmo: dá para comprar na hora, mas fique atento em épocas de feriados e férias escolares.
? TÁXI | Há ainda as alternativas de táxi particular e transporte compartilhado, ambas saindo do aeroporto, e, nesse caso, você também irá comprar seu assento no aeroporto, no guichê dos Taxis Oficiales (www.taxisaeropuerto.com). Optando por compartilhar a viagem, saiba que os carros só partem se houver, pelo menos, 5 pessoas ao mesmo tempo. As vans podem ser pagas em real, dólar, euro, peso uruguaio ou argentino ou cartão de crédito.
Onde comer
Na alta temporada, você pode escolher onde comer: na região do porto e da Avenida Gorlero, em La Barra ou em Jose Ignácio. Já fora dela, é mais certo encontrar restaurantes funcionando no porto. Tem sempre restaurantes abertos por ali.
Onde se hospedar
Muitos turistas que vão à primeira vez para Punta preferem se hospedar na Peninsula, porque tem o centrinho, praias, lojas, restaurantes, o porto… tudo de forma acessível, sem precisar gastar com deslocamentos (a melhor indicação se você não alugar um carro, pois dá pra fazer relativamente tudo a pé).
Na alta temporada, a galera mais descolada e baladeira prefere ficar em La Barra, onde tudo “acontece” nesse período. Por estar a 10 km de Punta, não é uma boa opção para quem está sem carro, assim como Jose Ignácio.
Fora da Peninsula, na baixa temporada, a maioria dos hotéis e restaurantes estará fechada. E não haverá o agito efervescente de dezembro a março. Por isso, evite se hospedar em outras regiões que não o centro nessa época. A não ser que você queira paz e sossego. Na verdade, só decida pernoitar em Punta fora da temporada se seu objetivo é justamente esse: descansar ou aproveitar o cassino do Conrad. Caso contrário, faça bate-volta desde Montevidéu. Uma vantagem é que nesse período o cassino estará com preços imbatíveis.
Vida noturna
As festas mais badaladas e disputadas cobram entrada, mas tem sempre alguma de graça, com o pessoal espalhado pela rua na região do porto. Por lá, tem uma galera mais madura, entre 35 e 45 anos. La Barra é reduto das baladas mais bombadas de Punta. Por isso tantos jovens se hospedam por lá. É o lugar pra encontrar gente bonita (e pagar bem carinho).
Mas lembre-se que essa badalação toda só dura de meados de dezembro até o carnaval. Fora desse período, a cidade estará bem calma, com vários bares e boliches fechados.
O que é a Casapueblo e por que é tão famosa?
Essa construção branca, mais parecida com uma obra de arte de proporções gigantescas, foi inspirada nas casas da ilha grega de Santorini e criada pelo artista plástico e arquiteto uruguaio Carlos Páez Vilaró (falecido em 2014) para ser sua casa de verão e ateliê. As paredes foram modeladas pelas mãos do artista, que afirmava ser sua inspiração advinda, na verdade, do pássaro forneiro (nosso joão-de-barro). Hoje, funcionam na propriedade um museu, um hotel de luxo, uma galeria de arte e um restaurante. A casa é cheia de detalhes, esculturas e pinturas nas paredes, lembrando, por vezes, um labirinto.
Por isso, acontece diariamente uma cerimônia quando o sol vai se pondo, que é acompanhada da gravação de uma poesia de Vilaró, ao som do Bolero de Ravel, em que ele agradece ao sol por mais um dia. A experiência é fantástica e vale a ida nesse horário, sem contar que a paisagem é muito bonita. A entrada custa $240,00 e dá direito a visitar o museu e assistir a cerimônia.
Infelizmente, o local é de difícil acesso para deficientes físicos e idosos e possui uma grande quantidade de escadas, sem corrimão.