Iceberg do tamanho da cidade do Rio de Janeiro se desprende na Antártica

Um iceberg maior que a cidade do Rio de Janeiro se desprendeu da Antártica, causando grande euforia na comunidade científica. O iceberg possui 1.270 km² enquanto a Cidade Maravilhosa possui 1.255 km².

A instituição Halley, da British Antarctic Survey (BAS), dedicada à pesquisa na região gélida analisa o desprendimento. Desde 2017, a estação atua com capacidade reduzida em razão dos riscos proporcionados por eventos como esse. As informações captadas pela BAS são transmitidas por aparelhos de GPS à agência de Cambridge, na Inglaterra.

O último desprendimento dessa proporção na região de Brunt aconteceu no começo dos anos 1970.

Acompanhamento do desprendimento

Especialistas devem analisar imagens de satélite do desprendimento para verificar se há instabilidade perto da estação.

O cientista que tem acompanhado as imagens de satélite de Brunt nas últimas semanas, o professor Adrian Luckman da Universidade de Swansea, nos Países Baixos, previu o rompimento do iceberg.

Três longas fissuras estavam se desenvolvendo no sistema da plataforma Brunt durante os últimos cinco anos, então, ele já previa que algo grandioso aconteceria em breve. Somente o tempo poderá dizer se esse deslocamento fará com que mais blocos de gelo se quebrem.

O Centro Nacional de Gelo dos Estados Unidos vai batizar o novo iceberg. Por estar no mesmo quadrante Antártico em que o A68, um iceberg ainda maior que se desprendeu na região de Larsen C, o nome provavelmente começará com a letra “A”.

Tem a ver com as mudanças climáticas?

Desprendimentos como este são eventos naturais comuns, não atribuído às mudanças climáticas. O rompimento de icebergs acontece quando uma plataforma “busca” manter o seu equilíbrio. Assim, é uma forma de equilibrar a massa de neve acumulada e a entrada de gelo a partir de glaciares por terra.

Cientistas indicam que a região de Brunt não sofre ações da mudança climática. Ela, na verdade, chegou à sua maior extensão no último século, fator que favorece deslocamentos grandiosos.

Os cientistas consideram o fenômeno “espetacular” porque significa que a natureza está agindo sem interferência das mudanças do clima e da ação humana. Além disso, o deslocamento de um iceberg dessa extensão é raro.

O professor Stef Lhermitte, da Universidade de Tecnologia de Delft, situada na Holanda, publicou um vídeo sobre o acontecimento em sua página do Twitter.

Via: G1.

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