A alta temporada de verão no hemisfério norte levou centenas de viajantes para Veneza, na Itália. O destino, cobiçado por sua paisagem urbana atípica, com canais que cortam os prédios antigos e gôndolas que transportam turistas, tem tentado combater o turismo excessivo.
A cidade registrou uma grande quantidade de turistas na famosa ponte Rialto na última segunda-feira (31), justamente quando a UNESCO anunciou a possibilidade de incluir Veneza na lista de ‘patrimônios mundiais em perigo‘.
Sempre que uma enxurrada de turistas visitam a cidade, histórias curiosas e indignantes circulam: uma família fazendo piquenique em frente ao Palácio Ducal, um importante símbolo gótico da cidade, construído entre 1309 e 1424; ou turistas distraídos com fotos e celulares que caem nos canais.
Moradores de Veneza já se encontram cansados da quantidade e, sobretudo, da maneira como os visitantes estrangeiros turistam pelo destino.
Segundo Claudio, um veneziano que não concordou em divulgar o seu sobrenome para o Estado de Minas, hoje os viajantes vão ao destino simplesmente porque Veneza é Veneza. São poucos os que fazem turismo cultural, visitando museus e igrejas, como costumava acontecer.
“Por favor, não venham mais”, pediu ele aos viajantes. Claudio recomendou, ainda, que procurem outras paisagens para explorar, como as montanhas ou as praias italianas.
Dados oficiais de 2022 mostram que cerca de 3,2 milhões de viajantes pernoitaram no centro histórico de Veneza. Este dado não inclui os turistas que visitam à cidade em excursões de meio dia ou de um dia inteiro e logo partem para os seus hotéis em outras localidades.
A decisão de incluir Veneza na lista de patrimônios mundiais em perigo da UNESCO será tomada no Comitê do Patrimônio Mundial, realizado entre 10 e 25 de setembro, na Arábia Saudita. Segundo a agência das Nações Unidas, o destino italiano não tomou as medidas necessárias para combater o turismo excessivo, que pode danificar o seu patrimônio histórico e cultural.
Via: Estado de Minas.