Muitas cidades europeias estão mudando a sua forma de pensar o turismo. Em vez de esperar pela visita de viajantes, sejam de outras partes do país ou de outros países, moradores de certas cidades da Europa querem os turistas longe.
Devido à abundância de visitantes que chegam em certos destinos europeus, a vida dos moradores é constantemente perturbada. As ruas ficam lotadas de pessoas, atrapalhando o deslocamento, sobretudo, em cidades pequenas e vilarejos, onde ainda é possível fazer tudo a pé.
Os moradores também temem uma possível depreciação dos patrimônios locais e pontos turísticos, além do meio ambiente. Muitos dos destinos visitados por multidões de turistas contam com montanhas, lagos, vales, praias, nascentes, penhascos e outras paisagens naturais.
Medidas adotadas por destinos europeus
Recentemente, muitos destinos tomaram medidas para reduzir a quantidade de turistas que visitam a cidade.
Amsterdã, capital da Holanda, proibiu que navios de cruzeiro atraquem na cidade. Dubrovnik, destino litorâneo da Croácia, proibiu malas de rodinhas para reduzir o barulho provocado por viajantes, o que já desanima turistas.
A Atenas, capital da Grécia, adotou um sistema de agendamento de visitas para a Acrópole. As filas já chegam a duas horas de espera.
Veneza, famoso destino italiano, já implementou uma taxa de entrada de € 3 a € 10 (cerca de R$ 15 e R$ 52 na cotação de hoje) e delimitou um limite diário de visitantes, mas, até agora, nenhuma surgiu o efeito desejado.
A capital do país, Roma, também implantou uma série de medidas, como proibir que viajantes sentem ou comam nas fontes barrocas da cidade, para coibir tanto o turismo excessivo quanto o mau comportamento por parte de viajantes. Quem descumpri as regras deve pagar multas que chegam a € 15 mil (cerca de R$ 78 mil).
Cada vez mais medidas estão sendo pensadas e implementadas por destinos europeus para proteger o patrimônio local. Segundo a Organização Mundial do Turismo, até o final desta década, o fluxo de viajantes internacionais deve ultrapassar a marca de 2 bilhões de pessoas.
Uma das maiores críticas das autoridades e moradores dos destinos europeus vítimas do excesso de turismo é a falta de apreciação dos turistas.
A maioria só viaja até os locais para tirar fotos e gravar vídeos para as redes sociais, ignorando museus, galerias de arte, gastronomia e outros fatores que compõem a história e cultural dos locais. É como se estivessem visitando uma fotografia que viram na internet ou em um post, e não uma cidade de verdade.
Via: Forbes.