Como será o novo normal das viagens aéreas após a pandemia?

Embora ainda existam perguntas sem respostas sobre o cenário do turismo após a pandemia de COVID-19, muitos profissionais e empresas procuram prever tendências para se prepararem para a retoma total das atividades econômicas.

Companhias áreas e agências de turismo já modificaram alguns protocolos para se enquadrarem na situação atual e responderem às novas demandas dos clientes. A flexibilização na alteração de voos e de reservas e a redução ou suspensão de taxas estão entre as medidas adotadas por esses empreendimentos.

Veja algumas das tendências para o setor de aviação e turismo no mundo pós-pandemia.

Nova etiqueta de saúde 

O uso de máscaras tanto para passageiros quanto para a tripulação da aeronave se tornou imperativo em diversos países. A limpeza reforçada das aeronaves e espaços públicos dos aeroportos também.

O mundo inteiro se tornou mais alerta para doenças altamente transmissíveis após a rápido propagação do COVID-19. Essas medidas preventivas, portanto, podem se tornar parte dos protocolos de segurança e de saúde das companhias aéreas e dos aeroportos.

Um exemplo são as diretrizes enviadas aos governos europeus pelo Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) e a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia para reforçar a segurança nos voos na ausência de uma vacina, no mês de maio.

Algumas delas são:

  • Os passageiros precisarão preencher questionários de saúde e passar informações apuradas de localização, como de onde vieram e para onde pretendem ir em seguida, na compra de passagens ou no check-in.
  • Os aeroportos continuarão a medir a temperatura dos passageiros nos portões de embarque.
  • Para ir ao banheiro, será necessário pedir permissão dos comissários de bordo.
  • Os aeroportos contarão com uma área especial para manter passageiros com suspeita de sintomas de coronavírus.

Novas tecnologias

É possível também que os aeroportos mantenham os aparatos utilizados atualmente para detectar febre em passageiros e desenvolvam outras formas para desinfetar roupas, bagagens e pessoas. Em Hong Kong, por exemplo, está sendo construída uma máquina para desinfetar o corpo e as roupas do passageiro em apenas 40 segundos. 

É uma mudança similar a implantação dos detectores de metal e do raio-X nos aeroportos ao redor do mundo. Eles começaram a ser usados na década de 70 com o surgimento da ameaça terrorista. Após o ataque terrorista nos Estados Unidos em 2001, esses procedimentos se intensificaram para garantir a segurança dos passageiros e do países como um todo.

Porém, ainda há dúvidas sobre o funcionamento desse aparelho desinfectante em razão da necessidade de formação de fila para a sua utilização. Em contrapartida, é provável que os aparelhos usados para detectar a febre dos passageiros à distância permaneçam em uso.

Mais um documento

Alguns países sugeriram à Organização Mundial da Saúde (OMS) a criação de uma ‘carteira da imunidade’ para ser mostrada na entrada do país a ser visitado. Desse modo, o passageiro comprovaria que possui os anticorpos contra o novo coronavírus.

No entanto, a OMS demonstrou incerteza devido à falta de conhecimento sobre o coronavírus. Ainda não se sabe se as pessoas infectadas são imunes a uma segunda contaminação. Apesar de se falar em pacientes curados, ainda não se sabe se estão realmente imunes ao COVID-19

Na Coreia do Sul, por exemplo, algumas pessoas voltaram a sentir os sintomas após estarem ‘curadas’. Até o surgimento de uma vacina para imunizar a população, é cedo para ter essa conversa.

Modificações nos assentos

Como muitas companhias aéreas estão bloqueando o assento do meio para promover o distanciamento social, algumas empresas estrangeiras projetaram soluções para evitar o contágio de doenças durante as viagens sem recorrer à remoção.

A Aviointeriors, situada na Itália, por exemplo, sugeriu um projeto com divisórias entre os assentos. Elas seriam acopladas na região do tórax para cima. Outra solução é posicionar o assento do meio na direção contrária, ainda fazendo uso das divisórias, como acontece em trens e ônibus. Dessa forma, seria possível prevenir contaminação por espirros e tosses.

Foto: Aviointeriors
Foto: Aviointeriors

Essas soluções, no entanto, são apenas ideias e, para as companhias aéreas, representam gastos adicionais.

O que esperar prontamente?

Por enquanto, os passageiros podem esperar a permanência, sem qualquer alteração, das recomendações de higiene e de segurança das empresas aéreas e dos aeroportos. Mesmo após a contabilização do último caso de coronavírus no mundo, essas medidas mais imediatistas devem perdurar por um bom tempo.

Leia também
Mais opções de voos! ANAC autoriza operações de nova companhia aérea no Brasil

A Avion Express Brasil é a mais nova companhia aérea brasileira! A Agência Nacional de…

Ilha do Mel passará a cobrar ingresso assim como faz Fernando de Noronha

A Ilha do Mel, um dos destinos turísticos mais famosos do Paraná, passará a cobrar…

Companhia aérea terá voos diretos entre Brasil e Canadá na temporada de inverno

A Air Canada voltará com seus voos diretos entre o Rio de Janeiro e Toronto…