Onda de colar: sensação térmica no Rio de Janeiro chega a quase 60º C; veja até quando vai
A onda de calor tem provocado altas temperaturas no Rio de Janeiro nos últimos dias.
Na manhã da última terça-feira (14), a sensação térmica na capital fluminense bateu recorde: 58,5º C. O horário também impressiona: a temperatura foi registrada às 09h15.
Essa é a maior marca registrada pelo Centro de Operações Rio desde que se passou a registrar a temperatura, em 2009. E não foi a última vez que a sensação térmica superou os 50º C nessa semana. Na última quinta-feira (16), a sensação térmica voltou a subir, registrando 50,6º C logo às 10h.
Para fugir do calorão, os moradores correram para as praias da capital. A recomendação para se cuidar durante os períodos de calor intenso é se manter sempre hidratado e evitar o sol quando ele está mais quente, como, por exemplo, ao meio-dia.
Calor extremo em São Paulo
São Paulo também registrou altas temperaturas inéditas para a capital paulista, que é normalmente mais fresca do que a cidade do Rio de Janeiro.
O dia 12 de novembro, em um domingo, foi considerado o dia mais quente do mês desde que a medição começou a ser feita, em 2004. Foram registrados 37,1 ºC.
As informações são do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura de São Paulo. O calor extremo deve persistir nos próximos dias, com previsão de redução de intensidade somente para a próxima segunda-feira, dia 20 de novembro.
Onda de calor no Brasil: até quando terá calor extremo?
Segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), as ondas de calor devem persistir até o mês de maio de 2024. Isso mesmo, o calor extrema não dará trégua tão cedo.
As temperaturas elevadas não ocorrerão de maneira linear, mas, sim, em períodos específicos ao longo dos meses. A OMM indica que o pior momento da onda de colar serão os meses de novembro, dezembro e janeiro. Em outras palavras, o verão no hemisfério sul.
Ainda segundo a OMM, isso se dá em razão do El Niño mais acentuado do que nos anos anteriores, uma consequência direta das mudanças climáticas. Esse fenômeno se caracteriza pelo aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, especialmente nas regiões central e leste do globo.
O El Niño deve atingir o seu ápice durante os meses de verão, segundo a OMM. A previsão é que o fenômeno climático diminua gradativamente durante a primavera boreal, a qual ocorre entre os dias 20 ou 21 de março até 20 ou 21 de junho.