País construíra réplica no metaverso para não desaparecer
Tuvalu é um país da Polinésia, no Oceano Pacífico, composto por um grupo de nove ilhas e atóis. A grande maioria dos brasileiros provavelmente nem sequer sabe da sua existência e tampouco que ele está prestes a desaparecer.
Em razão do aumento do nível do mar, provocado pelo aquecimento do oceano e derretimento de camadas de gelo (geleiras, lençóis de gelo, etc), o país pode ser engolido pela água.
Para que ele não desapareça completamente, o governo de Tuvalu propôs recriar o arquipélago no metaverso.
O ministro das relações exteriores, da justiça e das comunicações do país, Simon Kofe, anunciou, durante discurso para a COP27, que o local deve ser replicado no metaverso. Assim, a população, de cerca de 12 mil pessoas, poderá preservar a sua cultura.
“Com a nossa terra desaparecendo, nós não temos outra escolha que ser a primeira nação digital do mundo”, disse Kofe durante o discurso, que foi feito em uma paisagem paradisíaca digital de Tuvalu.
Tuvalu no metaverso
A construção do país no metaverso já começou. A ilhota de Teaufualiku é a primeira a passar pelo processo, que acontece com o apoio da empresa Accenture.
O projeto deve ser conduzido lentamente, uma vez que não há uma data exata para Tuvalu submergir. Especialistas, no entanto, têm certeza de que isso acontecerá nas próximas décadas.
Embora esta não seja a solução mais adequada para o problema, é uma forma que o país encontrou de preservar a própria imagem, história e cultura. O combate ao aumento significativo do nível do mar, afinal, deve ser um esforço conjunto. E, por enquanto, não estão sendo feitos grandes esforços.
A Conferência das Nações Unidas Sobre a Mudança do Clima acontece todos os anos. Neste ano, ela foi realizada no Egito. Segundo o ministro Kofe, nada foi feito desde a COP26, que aconteceu na Escócia no ano passado. “Temos visto as projeções de temperatura bem acima de 1,5 graus Celsius, indicando o eminente desparecimento de ilhotas como esta”, afirmou ele.
Muitos países do pacífico sabem que o risco de desaparecimento é real, embora possa acontecer lentamente. Para o futuro, planejam mover a sua população para outros territórios, mas mantendo a sua identidade.
Atualmente, muitos residentes das ilhas da Polinésia se mudam para a Austrália e Nova Zelândia, os países mais próximos da região.
Via: UOL.