Os preços altos das passagens aéreas não devem cair tão cedo, segundo especialistas. Viajantes têm observado uma alta nos valores desde o segundo semestre de 2021. As explicações para tal não envolvem somente anos de restrições de viagens por conta da pandemia de COVID-19.
O preço do barril do petróleo decolou entre janeiro de 2021 e maio de 2022, chegando a custar US$ 113. A explicação para esse fenômeno é, sobretudo, a Guerra da Ucrânia. A Rússia é o segundo maior produtor e exportador de petróleo do mundo. Por conta da guerra, os Estados Unidos e as nações da União Europeia aplicaram sanções contra o petróleo e o gás exportados pela Rússia.
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Embora o Brasil seja um grande produtor de petróleo, ainda precisa exportar óleo e derivados da gasolina. Então, qualquer mudança nesse mercado no exterior acaba afetando os valores no país também.
O porta-voz da plataforma de comparação de valores de produtos de viagem Liligo, Guillaume Rostaurd, 45% do preço de uma passagem internacional e 25 a 30% do preço de uma passagem nacional correspondem ao valor do querosene. Sendo assim, o valor alto do petróleo impacta diretamente o preço das passagens aéreas.
A empresa percebeu que as companhias aéreas demoram cerca de seis a oito meses para incorporarem o aumento do petróleo no valor das passagens. Mas, por conta da guerra, esse período foi encurtado para três meses.
Outro fator importante é o fim das restrições de viagem adotadas para conter a propagação do coronavírus nos países. A demanda para viajar para destinos internacionais aumentou rapidamente, elevando os valores dos bilhetes aéreos.
Por exemplo, passagens aéreas de ida e volta entre São Paulo a Paris, na França, para voar na baixa temporada e em classe econômica antes custava R$ 3,2 mil. Agora, é difícil encontrar passagens nessas mesmas condições por menos de R$ 5,4 mil. E esse valor pode dobrar quando a compra é feita em cima da hora!
Via: UOL e BBC.