A Itália passa por um período de secas, resultando em cenas atípicas na paisagem natural e urbana do país. É o caso de Veneza, um dos principais destinos turísticos da nação.
O nível da água de alguns dos canais mais famosos da Itália abaixou de maneira drástica, impossibilitando a navegação de gôndolas, táxis aquáticos e ambulâncias aquáticas. Especialistas ambientais italianos atribuem a seca invernal à uma combinação de fatores, como falta de chuvas, sistema de alta pressão, lua cheia e correntes marítimas.
Impactos ambientais na cidade das gôndolas
Veneza já sofre muito impacto ambiental em razão de onde a cidade foi construída. Construída em cima de uma laguna do Mar Adriático, o destino italiano ora sofre com enchentes, ora sofre com secas. Em razão das mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global, as enchentes passaram a ser frequentes. Em 2019, por exemplo, foi registrada a pior inundação dos últimos 50 anos com 187 centímetros!
Já em relação às secas, o pior caso dos últimos 70 anos foi registrado em julho de 2022. O governo italiano precisou determinar estado de emergência nas áreas ao redor do Rio Pó, responsável por um terço da produção agrícola do país. Além do clima atípico do ano passado, a Itália já estava sofrendo com um déficit hídrico desde o inverno de 2020, agravando a situação.
Outro fator que ocasionou a seca extrema em Veneza é o anticiclone que tem causado impactos no clima da Europa Ocidental há 15 dias. O inverno europeu vai de 21 de dezembro a 21 de março, mas, neste momento, o clima é de temperaturas amenas, típicas da primavera.
Via: Veja.