Slow Travel é tendência de viagem para desacelerar e cuidar da saúde mental
Viajar devagar e com calma, apreciando cada paisagem e desfrutando de cada segundo — essa é a proposta da Slow Travel, tendência que cresce pelo mundo todo.
A necessidade de desacelerar em viagens vem de dois fatores: o primeiro é a desaceleração das viagens após a retomada das viagens.
O fim da pandemia de coronavírus provocou um boom de viajantes em todo o mundo, os quais estavam prontos para visitar pessoas queridas e destinos para onde não conseguiram viajar anteriormente. Passado esse primeiro momento, no entanto, a vontade de viajar perdeu a intensidade.
O segundo fator é o ritmo demasiadamente rápido da sociedade atual. São tantos estímulos midiáticos, notícias, vídeos e posts de redes sociais que, às vezes, a mente fica cansada e cheia de “barulho” desnecessário.
Esse estado mental e emocional é propício para o desenvolvimento de condições de saúde mental, como a síndrome de burnout e a depressão. O período de descanso é, portanto, muito importante para promover o cuidado da saúde física e mental.
O Slow Travel reconhece essa realidade. Essa tendência de viagem proporciona uma experiência tranquila, que respeita as necessidades psicológicas dos viajantes.
As “viagens lentas” também são aliadas do turismo sustentável. “Elas fazem parte da busca dos viajantes por conexões mais significativas e impactos positivos nos lugares que visitam”, afirma a especialista em turismo sustentável, Ana Duék.
Segundo ela, viajantes possuem a oportunidade de explorar o destino com mais atenção quando viajam devagar, identificando as necessidades do lugar e como podem ajudá-lo.
Destinos ideais para o Slow Travel no Brasil
Destinos que proporcionam conexão com a natureza são perfeitos para desacelerar o ritmo durante viagens. Ambientes com cachoeiras, praias, montanhas, florestas e outras paisagens que favorecem o desligamento da cidade são as principais escolhas dos viajantes.
Para quem procura um destino para uma viagem lenta e tranquila, a Amazônia é uma opção. Os roteiros turísticos da maior floresta tropical do mundo envolvem uma variedade de atividades, desde voluntariado e contato com comunidades locais quanto passeios gastronômicos e pela natureza da região.
No Sul do país, a serra gaúcha, no estado do Rio Grande do Sul, é dona de uma paisagem incrível formada por cânions, cachoeiras, córregos e mais. É uma região bacana para quem gosta de pousadas cercadas por natureza e áreas de camping que oferecem desde opções de hospedagem rústicas até luxuosas.
A Península de Maraú, na Bahia, é uma opção de região com paisagem completamente oposta à que se vê no estado gaúcho. O cenário é de praias paradisíacas, piscinas naturais, cachoeiras, ilhas e trilhas entre a natureza.
Viajantes podem aproveitar as paisagens para descansar a mente ao praticar esportes aquáticos, fazer meditação, tomar banho de sol e outras atividades que promovem o descanso.
Via: Ministério do Turismo.