Socorro financeiro para o setor aéreo está previsto para maio

Para auxiliar o setor aéreo em meio a crise oriunda da pandemia de coronavírus, algumas medidas estão em discussão. Segundo reportagem do Reuters, publicada na última sexta-feira (17), o apoio do BNDES deve chegar em maio. 

As três maiores companhias aéreas do país (Gol, Latam e Azul) já procuraram o banco com pedidos de ajuda. O presidente da Azul, John Rodgerson, na última quarta-feira (15), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro deve seguir o exemplo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação aos benefícios para minimizar a crise.

Entre as ações previstas no Brasil estão o adiamento do pagamento de tributos e um prazo maior para reembolsar o consumidor pelo cancelamento do voo. Segundo fontes, o apoio às empresas aéreas também poderá ser na forma de aquisição de debêntures conversíveis em ações. Além disso, a criação de uma linha de crédito emergencial de capital de giro está sendo estudada pelo governo.

Entretanto, o próprio BNDES está exigindo colaboração das empresas aéreas, como corte no pagamento de bônus para executivos, redução no nível de investimentos pós crise, suspensão de dividendos, entre outros. Segundo a instituição, é preciso que elas também repensem o uso de seus recursos.

O BNDES também já deixou claro que não arcará com a responsabilidade de auxiliar as companhias sozinho. Conversas com bancos privados, credores, empresas de leasing e outras partes envolvidas na crise estão em andamento para encontrar uma solução.

De acordo com o BNDES, o valor exigido nos empréstimos pelas empresas aéreas é mais alto do que o esperado. O problema para concedê-los está no cálculo dos investimentos. As companhias querem usar o valor de antes da crise e o BNDES exige o atual. 

Como foram obrigadas a reduzir as suas capacidades para corresponder à demanda diante da crise, as empresas alegam não ter condições de cumprir com o valor atual. 

O principal temor das companhias aéreas é que o súbito impacto no caixa possa deixá-las à beira da falência. Manter voos com pouquíssima ocupação é um grande prejuízo, principalmente com a alta do dólar. Mais da metade dos custos do setor é nesta moeda.

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