É viável implementar um transporte ultrarrápido entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha? Estudo aponta que sim!
O primeiro estudo de viabilidade da implementação de um transporte ultrarrápido na região Sul do país foi concluído. A iniciativa nasceu de um acordo entre o Governo do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a empresa americana Hyperloop Transportation Technologies.
A ideia é criar um trajeto com um veículo de alta velocidade, o Hyperloop, entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha, um dos principais destinos turísticos do estado.
O transporte será feito por meio de cápsulas que se deslocam dentro de um tubo de baixa pressão atmosférica. Em vez de se movimentarem sobre trilhos, as cápsulas flutuarão dentro dos tubos em virtude de um sistema magnético, segundo a empresa Hyperloop TT.
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Hyperloop no Rio Grande do Sul
Com o novo sistema de transporte, será possível fazer um trajeto de 135 KM em 19 minutos e 45 minutos a uma velocidade de 835 km/h. Atualmente, esse mesmo percurso é realizado em duas horas de carro.
O novo sistema de transporte pode gerar uma economia de R$ 2,3 bilhões na rota operacional que vai de Porto Alegre a Caxias do Sul.
“Eu sei que para alguns pode parecer algo distante e inviável, mas certamente também foi assim quando alguém disse que levantaria voo em um avião pela primeira vez”, disse o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Até agora, a Hyperloop TT é a única empresa responsável pelo primeiro e único sistema de teste em grande escala desse meio de transporte, o qual é localizado em Toulouse, na França. Outras parcerias estão em desenvolvimento nos Emirados Árabes, EUA e Alemanha.
Estudo de viabilidade do Hyperloop
“Imagina trabalhar em Caxias do Sul, poder ir almoçar em Porto Alegre e conseguir voltar a tempo para o trabalho? Ou conhecer os principais pontos turísticos de Porto Alegre e Gramado no mesmo dia? Essas são só algumas das inúmeras possibilidades que o hyperloop pode levar para a região”, afirmou o diretor da Hyperloop TT na América Latina, Ricardo Penzin.
Segundo ele, os resultados do estudo de viabilidade são muito animadores e, além da redução dos custos de operação, também aponta para um impacto na geração de empregos e no turismo local. O Governador do Estado do Rio Grande do Sul enfatizou que o estudo foi possível devido ao quadro técnico altamente qualificado do Estado e da parceria com a HyperloopTT.
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O estudo de viabilidade levou em consideração o período de cinco anos para a implementação do sistema de transporte. Também analisou os impactos do projeto no decorrer de 30 anos de funcionamento.
O custo da implementação será cerca de US$ 7,71 bilhões (cerca de R$ 39 bilhões). Nos primeiros cinco anos de operação, o valor do investimento já será compensado com a receita oriunda de passageiros, empreendimentos, aluguéis de lojas nas estações de Hyperloop, publicidade e transporte de carga.
Entre os principais benefícios para a região está a geração de emprego com 50 mil vagas de emprego diretos no setor de construção previstas durante o período de obras, além da criação de 2.077 vagas de empregos no setor de energia solar anualmente por cerca de 30 anos.
O sistema de transporte do hyperloop requer energia renovável. Por isso, o estudo prevê a instalação de painéis fotovoltaicos em 80% do percurso entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha. É estimado, ainda, que o veículo seja um sistema com autossuficiência energética e consiga produzir 3,6 vezes mais energia do que consome.
Via: Mercado & Eventos / Exame.