Já ouviu falar em turismo regenerativo? Esta prática consiste em unir atividades turísticas e sustentabilidade, visando preservar o ecossistema do destino visitado. Os turistas são bem-vindos, mas devem respeitar as belezas naturais e o modo de vida dos moradores do destino.
Recentemente, o turismo regenerativo também incluiu a preocupação com o turismo de massa, que não é uma ameaça apenas ao meio ambiente, como também às estruturas urbanas.
Vários destinos europeus já expressaram essa preocupação e têm adotado medidas para conter o excesso de turistas. É o caso de Veneza, na Itália; Amsterdã, na Holanda; e Dubrovnik, na Croácia. Os turistas não inundam os pontos turísticos e as ruas da cidade, mas também perturbam o dia a dia dos moradores.
Uma quantidade excessiva de visitantes significa, ainda, mais produção de lixo no destino. Além disso, a indústria do turismo é responsável por 8% da emissão de gases do efeito estufa. Sendo assim, quanto mais viajantes se deslocam para longe, mais emissões são registradas.
O Brasil está na 54ª posição entre os países que adotaram práticas sustentáveis no turismo, segundo o Sustainable Travel Index, da Euromonitor.
Um exemplo é a Aliança Futuri, composta por destinos localizados no Sul da Bahia, como Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Caraíva. O projeto promove a conservação e a recuperação do meio ambiente, preservação de costumes locais e convivência harmônica com as comunidades quilombolas e indígenas da região.
A criação de roteiros sustentáveis, voltados para a promoção da cultura local e valorização da natureza, também é uma das práticas da organização.
Com a tendência dos destinos europeus de reduzir a entrada de turistas, um maior interesse pelo território nacional pode despertar. Embora a circulação de viajantes movimente a economia local, é preciso estar sempre consciente da preservação do meio ambiente e estruturas urbanas.
Via: Veja.