Diversos cidadãos italianos ficaram presos no Brasil em razão de um decreto sancionado pelo governo da Itália em meados de janeiro.
Este proibiu a entrada de passageiros que passaram pelo Brasil nos 14 dias antecedentes a sua chegada ao país europeu. Além disso, os voos vindos do Brasil foram proibidos de aterrissar na Itália a partir do dia 16 de janeiro.
Como resultado, cerca de 1,5 mil pessoas não puderam retornar ao país. Em razão disso, o grupo Italiani Bloccati in Brasile foi formado. Muitos pedidos de ajuda foram feitos nas redes sociais para que as pessoas sem estadia fossem acolhidas, os quais repercutiram na imprensa italiana.
O empresário Sérgio Velloso, um dos porta-vozes do grupo, explicou que cartas foram escritas para o embaixador italiano no Brasil, ao ministro da Saúde, ao presidente da Itália e até ao Papa. Todavia, nenhuma das autoridades respondeu aos pedidos de ajuda.
“Agora, fizeram uma mudança no texto permitindo a nossa entrada, mas os voos seguem proibidos. Desta forma, continuamos sem poder voltar para casa”, lamentou Velloso. Somente a Air France voltou a voar para o país após esta mudança.
O grupo de cidadãos italianos decidiu, então, solicitar um voo humanitário ao governo italiano para regressarem ao lar. “Até este momento, não tivemos retorno nenhum. Estamos em contato com as companhias, mas elas não têm culpa por conta das proibições”, finalizou Velloso.
A situação atual dos italianos e residentes no país vai contra as diretrizes da União Europeia, segundo o empresário. Ela viola a constituição italiana e o artigo 13 dos direitos humanos universais: todo cidadão tem o direito de retornar ao seu país.
Via: Mercado & Eventos.