Desde meados de julho, o Reino Unido vem testando se cães farejadores de aeroportos podem farejar a COVID-19 em viajantes. A pesquisa é realizada pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, em parceria com a instituição Medical Detection Dogs e a universidade de Durham.
O governo inglês concedeu a quantia de mais de US$ 600 mil para investimentos na pesquisa. Ela se baseia na possibilidade dos cães treinados detectarem o odor corporal dos humanos, o qual é modificado por doenças.
Atualmente, cães já são capazes de detectar patologias diversas, como câncer, diabetes, tuberculose e, mais recentemente, malaria. Eles também podem identificar quando uma pessoa está prestes a ter uma convulsão devido à modificação química em seu corpo.
Portanto, a possibilidade de também poderem detectar a COVID-19 pelo olfato levou as instituições a se juntarem para fazer a pesquisa. Chamados de “Super Seis”, seis cães da raça cocker spaniel foram selecionados para fazer os testes iniciais.
Como é feita a pesquisa?
O primeiro passo é coletar amostras de odores de pessoas que foram diagnosticas com a COVID-19 e de pessoas saudáveis. Os voluntários usam máscaras e meias de nylon, reconhecidas pela qualidade absorver cheiros, por algumas horas. Em seguida, são passadas para os cães farejarem e se familiarizarem com o odor.
Os cães são treinados com o vírus morto e não têm contato direto com os voluntários para prevenir o risco de infecção. Eles farejam o ar onde as pessoas que se voluntariaram para a pesquisa estiveram. Mesmo que ainda não tenha sido registrado um caso de contaminação de cachorros para humanos, a equipe quer ser cautelosa.
Somente os cuidadores poderão tocar nos cães, diminuindo ainda mais a possibilidade de infecção para um grande número de pessoas.
Veja a reportagem da CNN, com áudio e legenda em inglês, neste link.