Calor escaldante pode mudar o turismo na Europa nos próximos anos

As mudanças climáticas devem mudar a forma de turistar na Europa. Os verões escaldantes que os países europeus têm enfrentado afasta turistas interessados em conhecer o continente, segundo dados da European Travel Comission (ETC).

Em relação ao ano passado, o número de pessoas que esperavam viajar para o Mediterrâneo de junho a novembro caiu 10%. Em 2022, foram registradas temperaturas elevadíssimas, secas e incêndios florestais na região.

As ocorrências passaram a influenciar os planos de viagens dos turistas. De 10 viajantes, sete enxergam os eventos climáticos que ocorrem entre junho a novembro como ‘preocupantes’ e ‘perigosos’. Sendo assim, eles mudaram o foco para países como a República Tcheca, Dinamarca, Bulgária e Irlanda.

Consequentemente, muitos viajantes também contemplam fugir da temporada de verão na Europa por completo, segundo a ETC.

Muitos já estão buscando por datas fora da alta temporada de verão, como no outono e inverno, para viajar, o que aumentar os preços das viagens nos meses mais frios.

Verão escaldante na Europa

Nas últimas semanas, notícias sobre turistas sofrendo com as altas temperaturas na Europa percorreram a mídia nacional e internacional.

Turistas foram retirados das praias italianas devido ao calor, enquanto outros foram socorridos por ambulâncias durante passeios na Grécia. Ambos os países têm tido dias escaldantes.

Na próxima semana, meteorologistas acreditam que as temperaturas na Sicília e Sardenha, ambos na Itália, podem quebrar o recorde de 48,8 °C registrado na Sícilia em 2022.

Como este calor ardente é novo na Europa, as construções não têm estrutura para suportar altas temperaturas, como acontece no Brasil.

Não há, por exemplo, muitos prédios residenciais ou comerciais com ar-condicionado instalados. É comum, por exemplo, as pessoas usarem as fontes dos grandes centros para se refrescarem. Já nos pontos turísticos, não existem estruturas ou tecnologia para tentar reduzir o calor dos turistas.

As agências de turismo ainda não sofreram grandes prejuízos. Devido ao longo período de restrição de viagens, muitos viajantes continuam buscando recuperar o tempo perdido e se aventurando pelos países europeus em pleno verão no hemisfério norte. A maior procura tem sido para as praias e ilhas espanholas, onde a temperatura costuma ser agradável mesmo no verão.

Cientistas do clima dizem que a recente onda de registros globais de calor destaca a urgência crescente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível.

Via: Globo.com e CNBC.

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