A China deu início a um programa de testes anais de COVID-19 em janeiro deste ano. Embora a comunidade internacional esteja reclamando da iniciativa, o país não pretende cessá-lo.
Especialistas em saúde da China afirmam que o teste anal é mais preciso para detectar a infecção do coronavírus. Portanto, permanecerá sendo usado para testar viajantes estrangeiros que chegam em Pequim, Xangai, Qingdao e outras grandes cidades.
O teste anal consiste na inserção de um cotonete entre três a cinco centímetros no reto. É preciso girá-lo por até 10 segundos para que o material necessário seja coletado.
Este método chamou atenção da imprensa internacional já em janeiro. Na época, autoridades de saúde chinesas afirmaram que estavam utilizando os testes anais por temerem que o novo coronavírus estivesse sendo levado ao país em alimentos refrigerados e embalagens
Incômodo internacional
O secretário-chefe do gabinete japonês, Katsunobu Kato, afirmou que muitos viajantes japoneses passaram pelo procedimento em viagem a China. Eles sentiram “grande dor psicológica” em razão do teste. Tóquio, então, pediu que Pequim cessasse o procedimento obrigatório para todos os turistas internacionais, mas a China não acatou o pedido.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos também informou que está avaliando um modo de proteger a dignidade de seus funcionários internacionais e diplomatas na China. Todavia, o Ministério das Relações Exteriores do país negou que diplomatas foram submetidos ao teste anal.
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Aplicação do teste
Os critérios para a realização do exame se modificam de cidade para cidade.
Em Xangai, passageiros de voos com cinco ou mais viajantes que testaram positivo para COVID-19 devem fazer o exame anal junto com o exame tradicional. O mesmo critério é utilizado em passageiros que viajam de países com alto índice de contaminação, como o Brasil.
Já em Pequim, os testes padrões — de nariz e de garganta – são feitos em viajantes recém-chegados ao país nos dias três e sete do período de quarentena no país. O exame anal é feito nos dias 14 e 21 do isolamento.
Via: AEROIN.