As três maiores empresas aéreas brasileiras — GOL, Azul e LATAM — obtiveram resultado líquido positivo de R$ 899,5 milhões no 2º trimestre de 2021. No mesmo período de 2020, o resultado foi de R$ -6,1 bilhões em decorrência da pandemia de COVID-19.
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), as empresas mais do que triplicaram a oferta no 2º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, em relação à 2019, a oferta continua 43,4% mais baixa.
A receita de passagens aéreas aumentou 804,5%! Ela representa 76% do total das receitas dos serviços aéreos fornecidos pelas companhias aéreas. Essa, por sua vez, também registrou aumento. As receitas dos serviços aéreos cresceram cerca de 177,9% no 2º trimestre de 2021 em comparação ao ano de 2020.
Já em relação aos custos e despesas operacionais, as companhias aéreas viram aumentos mínimos. As despesas totais subiram somente 2,8%. A maior delas foi com seguros, arrendamentos e manutenção de aeronaves (22,4%), seguido de combustíveis e lubrificantes (22,6%) e pessoal (18,8%).
No 2º trimestre de 2021, o dólar também se manteve relativamente estável, com queda de 1,7% em relação ao 2º trimestre de 2020. Esse dado é importante porque grande parte dos gastos das companhias aéreas é em dólar. Ainda assim, o preço do combustível (QAV) aumentou 91,7% na média trimestral.
Apesar do resultado positivo do trimestre, a cautela com os negócios aéreos deve permanecer. As três companhias aéreas apresentaram lucro bruto negativo. Isto é, as receitas ligadas às operações aéreas ainda não foram suficientes para cobrir todos os seus custos. O principal fator para transformação do resultado líquido em positivo no setor foi o resultado financeiro (+R$ 2,7 bilhões), decorrente, em sua maioria, de ganhos com variações cambiais.
Via: Agência Brasil.