Todo ano, turistas correm passear na Itália, principalmente durante os meses do verão europeu. Viajantes ou passam horas visitando os principais atrativos turísticos dos destinos italianos, ou se demoram nas praias tomando sol e banho de mar.
Da mesma forma, todo ano o governo italiano e as prefeituras procuram maneiras de limitar a quantidade de viajantes, visando promover a sustentabilidade nas regiões de natureza e a proteção dos monumentos históricos milenares.
Segundo estimativas do Bankitalia, o banco centro da Itália, integrante do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), o número de viajantes que visitam o país só tem aumentado desde 2021. Em 2023, os índices de turismo podem retornar aos valores do período pré-pandemia.
Por essa razão, cidadezinhas italianos e grandes destinos turísticos estão tomando medidas para controlar o fluxo de turistas e não perturbar o dia a dia dos moradores durante os períodos de maior movimentação.
Embora essas restrições não sejam bem-recebidas por alguns estrangeiros e moradores de outras regiões do país, é uma forma que os governos locais encontraram de preservar o ecossistema dos destinos.
Veja abaixo algumas das medidas adotadas.
Positano
Na Costa Amalfi, Vietri sul Mare anunciou restrições para motoristas na rodovia que vai até Positano, vila litorânea e bastante cobiçada por viajantes devido às suas paisagens majestosas. Durante os horários de pico na alta temporada, motoristas vão precisar seguir um sistema de rodízio de placas.
Lampedusa
A ilha siciliana de Lampedusa está planejando adotar uma medida semelhante e, ainda, pensando em banir veículos de turistas como um todo. O prefeito do destino, Filippo Mannino, afirmou que já encontrou com o pedido para banir carros e scooters de viajantes.
Veneza
Veneza, um dos destinos italianos mais famosos, há anos tenta reduzir o número de turistas que visitam o destino. A partir de janeiro deste ano, a cidade adotou um sistema de taxa de turismo, semelhante ao implementado em Fernando de Noronha, em Pernambuco. É necessário pagar um taxa de 3 a 10 euros, dependendo do período da visita à Veneza, por pernoite.
Arquipélago Toscano
A ilha de Montecristo, no arquipélago Toscano, e as ilhas de Gorgona e Pianosa, estão recebendo um número limitado de visitantes durante o verão. Um máximo de 150 a 200 turistas podem visitar esses destinos anualmente. Isso porque se tratam de áreas de conservação e de importância histórica.
Sardenha
As praias de Sardenha encantam devido à sua semelhança com as praias caribenhas. Durante o verão europeu, o local quer limitar o número de viajantes que pode pisar nelas para controlar o impacto ambiental.
Arquipélago La Maddalena
Na ilha de Budelli, no arquipélago La Maddalena, a praia de Cavalieri costuma ficar completamente fechada para turistas durante o verão.
La Pelosa
A praia de La Pelosa, destino popular de Stintino, também restringe o número de visitantes e, ainda, compra uma taxa para aproveitar os dias de sol. Somente 1.500 visitantes podem frequentar o local na alta temporada pagando uma taxa de 3.50 euros por dia de permanência. Para tomar sol, é compulsório levar tapetes de palha para colocar embaixo das toalhas e não carregar areia para outras áreas do destino.
Giglio
A ilha de Giglio, situada na costa da Toscana, só permitirá que viajantes cheguem de carro no destino se passarem mais de quatro diárias no local. O prefeito de Giglio, Sergio Ortelli, pensa em implantar uma taxa turística durante este verão e o próximo inverno também.