Os principais pontos turísticos e tesouros naturais da França são dominados por multidões de turistas todos os anos. Para tentar reduzir o turismo de massas, a ministra do Turismo, Olivia Gregoire, apresentou uma série de medidas que serão adotados pelo governo do país.
O objetivo do plano de contenção do ‘overtourism’, como a ministra chamou, é reduzir as ameaças ao meio ambiente, a qualidade de vida dos moradores e as experiências turísticas.
Afinal, não dá para aproveitar um ponto turístico quando ele está lotado de gente querendo tirar fotos e observar cada detalhe do local tudo ao mesmo tempo, não é mesmo?
Até o final deste ano, a França espera receber cerca de 37 milhões de turistas. E, no próximo ano, esse número aumentará significativamente por conta das Olímpiadas, prevista para acontecer entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024.
Ainda que o evento seja de curta duração, muitos viajantes aproveitarão a ocasião para alongar a estadia na França e conhecer pontos turísticos e cidades famosas.
Combate ao turismo de massas
Em Paris, capital do país, uma das preocupações é com a crise imobiliária. Os proprietários de imóveis preferem alugar para turistas do que para moradores de longa duração. Consequentemente, quem precisa, de fato, morar na metrópole, não consegue encontrar uma residência.
Na Ilha de Brehat, na Bretanha, foi imposto um limite de entradas diárias para o período de alta temporada de verão. Já o Parque Nacional Calanques, perto de Marselha, adotou um sistema de reservas para a visitação.
A Abadia de Mont-Saint-Michel e a praia do Canal de Etretat, ambos na Normandia, também são alguns dos locais turísticos da lista compilada pela ministra. No caso da praia, as falésias que a circundam apresentam riscos aos turistas devido à erosão. O destino deve em breve receber uma medida para reduzir visitações.
Além disso, o governo francês vai criar um grupo de monitoramento para acompanhar a visitação aos pontos turísticos tradicionais, paisagens naturais e cidades francesas para identificar os locais de maior risco.
Outra medida é recrutar influenciadores digitais para divulgar os riscos do turismo excessivo, levando as pessoas a buscar destinos fora das rotas tradicionais de turismo e viajar fora da alta temporada.
Via: Volta ao Mundo.