GOL vai receber R$ 2,4 bilhões da Boeing como compensação pela paralisação do 737 Max
Na última quarta-feira (13) foi anunciado que a GOL vai receber da Boeing, uma compensação de US$ 412 milhões (aproximadamente R$ 2,4 bilhões) por conta da paralisação dos aviões modelo 737 MAX. A novidade chegou através de um comunicado enviado aos investidores.
Acidentes graves
Os aviões foram proibidos de voar devido a dois acidentes fatais, em 2018 e 2019. Mais de 300 pessoas morreram na queda dessas aeronaves na Indonésia e na Etiópia em decorrência de problemas de fabricação.
A Boeing esperava poder retomar as operações do modelo no fim de 2019, mas autoridades reguladoras dos Estados Unidos negaram. A parada na produção e entrega dos aviões impactaram as operações da GOL de maneira negativa. Devido à decisão das autoridades, sete aeronaves estão paradas.
Era esperado que a decisão fosse repensada até metade deste ano, segundo a Boeing. Mas, com a pandemia, a previsão é que os aviões continuem proibidos de voar.
Fortalecimento na crise
A compensação chegou em uma ótima hora já que a companhia aérea foi afetada pela crise no setor aéreo. A GOL afirmou, no comunicado divulgado, ter caixa para os próximos 10 meses e pretende se fortalecer neste período delicado.
Devido à malha doméstica, a qual atende passageiros de negócios e de lazer, a GOL acredita que ficará bem posicionada no mercado à medida que se recupera financeiramente.
Para preservar seus recursos e garantir que passaria pela crise sem maiores problemas, a companhia reduziu custos com rapidez, aumentando, assim, a sua liquidez. A GOL, ainda, implantou uma série de medidas de economia de custos, como a implementação de 6.000 licenças voluntárias não remuneradas para os colaboradores, entre outras.
Retomada de operações
Desde 28 de março, a GOL paralisou 120 aeronaves. Em abril de 2020, a companhia realizou apenas 7% dos voos realizados no mesmo período em 2019. Espera-se, ao final de maio, que esse número suba para 12% em comparação ao ano passado.