A LATAM Airlines teve o empréstimo de R$ 13 bilhões da sua nova proposta de financiamento, apresentada nesta semana, aprovado pelo Tribunal do Distrito Sul de Nova York na última sexta-feira (18).
A proposta inicial havia sido negada após questionamentos feitos por acionistas minoritários. Ela continha uma cláusula que permitia a conversão do valor emprestado em ações com desconto de 20%, desfavorecendo os acionistas. A nova proposta retirou a cláusula.
Embora o prazo para o veredicto fosse de 14 dias, o juiz se antecipou devido ao estado fragilizado do setor aéreo. O grupo LATAM agora possui acesso aos recursos necessários para concluir a reorganização da empresa e, ainda, superar os impactos ocasionados pela pandemia da COVID-19.
Proposta de financiamento
O financiamento possui duas parcelas.
A primeira é de até US$ 1,15 bilhão. Cerca de US$ 750 milhões foram providos pela Qatar Airways e pelos grupos Cueto e Eblen do Chile e mais US$ 250 milhões foram fornecidos pela empresa americana Knighthead Capital. Acionistas minoritários participam com até US$ 150 milhões.
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A segunda parcela, de até US$ 1,3 bilhão, é de autoria da Oaktree Capital Management (US$ 1,125 bilhão) e da Knighthead Capital (US$ 175 milhões).
A aprovação ocorreu dentro do processo de recuperação judicial do Capítulo 11, a qual prevê a proteção da empresa durante o processo de reorganização do negócio. A LATAM permanecerá no controle das operações como um debtor-in-possession (devedor em posse, em português), ficando sujeita a jurisprudência da justiça. Em troca, terá prioridade no recebimento dos valores.
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No âmbito do processo de reestruturação do negócio, a LATAM anunciou que devolverá mais 23 aviões. No total, 31 aeronaves já foram devolvidas desde o início da pandemia. Somente nove das aeronaves devolvidas estavam operando no Brasil.
Esta medida objetiva reduzir custos e adequar a malha área à realidade atual do setor de aviação. Após essa ação, a frota do grupo LATAM será composta por 317 aviões.
Via: Istoé