Após 100 dias de portas fechadas, lanchonetes, bares e restaurantes do Rio de Janeiro receberam autorização para reabrir nesta quinta-feira (02). Ainda assim, os empreendimentos deverão seguir algumas restrições, como atendimento até às 23h e lotação de 50% para manter a distância de dois metros entre os clientes.
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Devido à crise econômica decorrente das medidas implementadas para combater o coronavírus, não se sabe quantos restaurantes poderão reabrir nesta data.
De acordo com o Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio), somente em abril foram fechadas 18.925 vagas de emprego no estado do Rio de Janeiro. Dessas, 11.541 eram da capital. No mesmo mês, cerca de 46,6% das empresas que suspenderam o atendimento não tiveram nenhum faturamento. A estimativa do Sindicato era 27.500 demissões no setor até junho.
O SindRio destaca, ainda, que o recolhimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, na área de bares e restaurantes caiu 83,5% em maio de 2020. Em maio de 2019, o setor faturou R$ 788,3 milhões. Já neste ano, o faturamento foi de apenas R$ 156,3 milhões, um reflexo sólido da crise causada pelo coronavírus.
Durante o período de restrições, 60% dos estabelecimentos do Rio de Janeiro continuaram operando por meio de serviços de entrega e retirada em decorrência das medidas restritivas implementadas para conter a COVID-19. Desses, 40% reduziram o faturamento entre 50% e 80%.
Os restaurantes precisam de ajuda
Na semana passada, o Sindicato lançou a campanha ‘Os restaurantes precisam de ajuda’ com a intenção de pedir linhas de crédito “desburocratizadas e direcionadas” ao governo. Dessa forma, as pequenas e médias empresas poderão suprir o fluxo de caixa. Outro pedido é a postergação de obrigações fiscais e contábeis.
De acordo com o SindRio, em abril, 82% dos empresários do segmento não conseguiram acessar linhas de crédito.