As passagens aéreas sofrerão um novo aumento nos próximos dias, afirmam companhias do setor. Na última terça-feira (05), a Petrobras anunciou mais um reajuste no preço médio do combustível de aviação em 15 refinarias. Dessa vez, o valor é de 3,9%.
Com o novo reajuste, o valor do combustível de aviação, conhecido como QAV-1, chega a uma alta de 70,6%. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, criticou o novo aumento. Segundo ele, os preços do combustível saíram do controle e “isso acaba no preço do bilhete, não tem jeito”.
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Como o combustível corresponde a um terço dos custos das companhias aéreas, as cias são obrigadas a elevar os preços das passagens aéreas para compensar. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) revelou que a tarifa aérea média comercializada nos primeiros quatro meses de 2022 registrou uma alta de 21,52%, em comparação ao mesmo período de 2019. O maior valor registrado foi de R$ 580,41.
Apesar disso, os valores de 33% das passagens aéreas domésticas comercializadas durante o primeiro quadrimestre deste ano ficou abaixo de R$ 300. Além disso, 58% das passagens custaram R$ 500 e somente 6% corresponderam ao valor de R$ 1.500.
Precificação do QAV
O QAV no Brasil é quase 40% mais caro do que a média do preço global e, segundo Sanovicz, grande parte disso é em razão da nova política da Petrobras. A estatal cobra em dólares um insumo com produção nacional superior a 90%.
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A Abear afirmou estar conversando com o governo para estabelecer uma política pública que reduza o preço do combustível de aviação. O presidente da associação ainda disse que é preciso haver um debate sobre o se quer para o Brasil, em caráter definitivo, em relação à política de precificação de combustíveis.
“Que tipo de desenvolvimento, que setores serão incluídos e como vamos fazer para voltar a crescer, principalmente pensando nas regiões mais distantes dos centros produtivos, onde esses preços acabam subindo muito mais”, afirmou Sanovicz.
Via: Folha, Mercado & Eventos e Yahoo!