O preço do querosene de aviação (QAV) passou por uma redução pelo terceiro mês consecutivo. Desde o dia 1º de maio, o preço do combustível sofreu uma queda de 11,5% nas refinarias da estatal. Até então, o QAV teve uma redução total de 25,6%.
Os reajustes do combustível de aviação são definidos a partir de fórmulas contratuais. Essas, por sua vez, são negociadas com as distribuidoras do combustível. Essa prática é utilizada há cerca de 20 anos pelo setor aéreo.
O preço do QAV da Petrobras acompanha as variações do valor do produto e da taxa de câmbio. Os reajustes são aplicados com base mensal para mitigar a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio.
A Petrobras produz o combustível de aviação em suas refinarias e comercializa QAV importado para as distribuidoras. São essas empresas que fazem o transporte do produto e comercializam o combustível para as companhias aéreas e outros consumidores finais, além de revendedores.
O impacto do preço do QAV no setor de aviação
O combustível de aviação corresponde a 35% das despesas das companhias aéreas, as quais são quase 60% dolarizadas. Por essa razão, quando o dólar está alto, os custos com as viagens aéreas encarecem e refletem no valor das passagens aéreas.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) considerou a redução do preço do QAV positiva. Ainda assim, a presidente da associação, Jurema Monteiro, contou ao Reuters que os valores atuais são 124% maiores aos praticados em abril de 2020, no começo da pandemia de COVID-19.
Logo, o preço do QAV continua sendo o principal desafio das cias na retomada do turismo pós-pandemia. “Essa é uma pauta histórica a ser enfrentada, e nossa posição é que ela seja discutida visando soluções estruturantes e de longo prazo”, afirmou a presidente.
Com o preço do combustível de aviação mais barato, as companhias aéreas gastam menos e a tendência é que as passagens aéreas fiquem mais acessíveis aos viajantes.
Via: Moneytimes e UOL.