ButanVac: saiba tudo sobre a vacina 100% brasileira contra a COVID-19

O Brasil poderá ter uma vacina 100% brasileira contra a COVID-19 ainda neste ano, segundo pronunciamento do Instituto Butantan e do Governo de São Paulo realizando na última semana. Como as dúvidas sobre as vacinas são muitas e as fake news têm confundido os internautas, dedicamos esse post para esclarecer incertezas sobre o novo imunizante. Ele será atualizado à medida que novas informações surgirem.

Quando a ButanVac estará disponível?

A expectativa é que a vacina esteja pronta para ser utilizada a partir de julho de 2021. O Instituto Butantan quer disponibilizar 40 milhões de doses, além de produzir 100 milhões de doses por ano. Todavia, o início da vacinação dependerá da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Como a ButanVac está sendo produzida?

A vacina está sendo produzida a partir do vírus chamado Newcastle, que infecta aves. Ele recebe os genes da spike (proteína que se encaixa nas células humanas e gera a contaminação) do coronavírus. Em seguida, o vírus modificado é injetado em ovos de galinha e, assim, se multiplica.

Nesse vírus modificado, a proteína S está presente em estado potencializado. Ela é capaz de desenvolver a imunidade de uma forma bastante efetiva, segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. Além de seguro e aprovado pela comunidade científica, esse método de produção é bem barato, fator que favorece a produção em massa da vacina.

O vírus Newcastle foi desenvolvido pelo Mount Sinai, hospital americano localizado em Nova York. É possível usar essa tecnologia em qualquer instituo de pesquisa do mundo sem pagar royalties. Com exceção do vírus, o restante do projeto conta com recursos nacionais.

A nova vacina brasileira protegerá contra as variantes?

A variante identificada em Manaus é uma das razões por trás da restrição de voos oriundos do Brasil e de passageiros brasileiros em muitos países. O presidente do Instituto Butantan garantiu que os pesquisadores estão usando aspectos dessa variante para produzir o imunizante. É esperado que ButanVac proteja as pessoas vacinadas contra ela.

Mas, até que ela esteja pronta para ser aplicada novas variantes podem surgir e, possivelmente, os estudos poderão ser revistos em um momento menos crítico da pandemia de COVID-19.

Quando será o período de testes?

Os estudos e testes clínicos para que seja possível disponibilizar a vacina na data prevista serão feitos em até três meses, segundo o Instituto. Os testes em humanos devem iniciar já em abril para agilizar o início da produção em maio. É preciso ter em mente que as datas inicias do planejamento da ButanVac podem mudar a qualquer momento.

Com a realização desses testes, também será possível dizer se será necessário aplicar uma dose ou duas doses da vacina.

Via: CNN Brasil, Folha de SP e O Globo.

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