Vários destinos europeus atualmente sofrem com os impactos do turismo excessivo e buscam medidas para frear a chegada descontrolada de viajantes e, ao mesmo tempo, preservar o patrimônio local.
Um grupo independente de ativistas da ilha espanhola de Mallorca, popular destino turístico de verão, chamado Caterva, tem provocado reações diversas com as suas práticas para afastar a multidão de turistas que toma conta da ilha.
Recentemente, eles colocaram placas em algumas das praias mais movimentadas de Mallorca com avisos de perigos falsos escritos em inglês. Por exemplo, “águas-vivas perigosas” ou “queda de pedras”. Algumas chegam a proibir a entrada no mar por parte de banhistas.
Embaixo do texto voltado para os turistas que não falam catalão, o idioma local, moradores conhecedores da língua têm acesso aos avisos reais, tais como “o problema não é a queda de pedras, é o turismo em massa” ou “praia aberta, exceto para estrangeiros e águas-vivas”.
Aquests dies hem dut a terme una acció de denúncia contra la #massificació turística a les cales de #Manacor. Amb una mica d’humor, hem penjat uns quants cartells que podeu veure a les fotos. Des de Cala Morlanda fins a Cala Bota pic.twitter.com/zy1abLDbwV
— Caterva (@Caterva_mnc) August 11, 2023
A medida ousada foi tomada em uma tentativa desesperada de evitar a superlotação de turistas e chamar atenção para o problema. Em 2022, as Ilhas Baleares registraram a visita de 16 milhões de viajantes. O arquipélago é formado por Mallorca, Minorca, Ibiza e Formenteira.
Somente a ilha de Mallorca registrou mais turistas do que o seu próprio número de habitantes, que é de cerca de 923 mil pessoas. Consequentemente, o destino fica tomado de filas, turistas bêbados e eventos barulhentos que atrapalham o dia a dia dos moradores e ameaçam o meio ambiente.
Para 2023, é esperado que o número de visitas internacionais em Mallorca aumente ainda mais. Algumas medidas oficiais adotadas pela gestão local para coibir comportamentos inapropriados de turistas são a proibição de fumar nas praias e a limitação do número de bebidas alcoólicas que viajantes podem adquirir.
Enquanto a situação do turismo excesso não melhora, o grupo Caterva continuará em atuação, despertando a consciência de moradores da ilha para os perigos trazidos pelas multidões descontroladas de turistas.
Via: Forbes.