Passagens aéreas têm maior alta no preço médio desde 2008, segundo ANAC
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) revelou que o preço médio das passagens aéreas comercializadas no mercado doméstico em 2021 sofreu um aumento de 19,28% em comparação ao preço médio registrado em 2020.
Em 2021, o valor médio dos bilhetes aéreos foi de R$ 494,01 enquanto, em 2020, de R$ 414,15, resultando no acúmulo de quase 20%. Segundo dados da agência, esse é o maior percentual acumulado para um ano desde 2008, quando foi registrado um aumento de 37,82% em comparação ao ano anterior.
Sendo assim, de janeiro a dezembro de 2021, passageiros brasileiros pagaram um valor médio de R$ 0,372 pelo quilômetro voado, um aumento de 17,7% em relação ao mesmo período de 2020.
Cerca de 41% das passagens aéreas foram comercializadas no mercado interno no preço médio de R$ 100; 37% dos bilhetes foram abaixo de R$ 300 e 63,3%, abaixo de R$ 500. As passagens vendidas a mais de R$ 1.500 representam somente 2,7% do total.
Em relação ao mercado internacional, as tarifas médias de ida e volta na classe econômica registraram alta nas Américas e África em 2021. O maior aumento foi, de fato, evidenciado na América do Sul e do Norte. Isso se deve ao reajuste sofrido pela atividade do setor em 2021 em comparação à atividade de 2020.
Fatores que influenciaram no preço médio das passagens aéreas
A alta do valor das passagens aéreas possui algumas explicações, segundo a ANAC.
O principal fator que influenciou o preço médio dos bilhetes aéreos foi o aumento de 91,9% do preço médio do querosene de aviação (QAV) de 2021 para 2020. O preço do combustível chegou a atingir a marca de 94,4% antes do ano anterior fechar.
Outro fator que contribuiu para a alta da tarifa dos bilhetes aéreos foi o aumento da demanda e da oferta em comparação ao ano de 2020, quando grande parte das viagens aéreas nacionais e internacionais foram suspensas devido à pandemia de COVID-19.
E, é claro, a alta do valor do dólar também influenciou o preço médio das passagens no mercado doméstico uma vez que grande parte das despesas das companhias aéreas nacionais são em dólar. O valor da moeda norte-americana chegou a valer 8,4% a mais em 2021 em comparação a 2020.
Via: Mercado & Eventos.