Voos nacionais podem ter 100% de ocupação e alta de preços no fim do ano, diz governo

A recuperação total da ocupação dos voos nacionais é esperada para acontecer entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann. Atualmente, o movimento equivale a 80% do registrado antes da pandemia.

O aumento da ocupação de passageiros, contudo, deve vir acompanhado de passagens aéreas mais caras. Os valores já estão bem maiores por conta da alta do dólar e dos combustíveis, segundo Glanzmann, e a demanda deve aumentar futuramente.

“Como ninguém está podendo voar para fora, o turismo nacional está aquecido. Na alta temporada, isso potencializa. A família que ia para Miami, agora está indo para Maceió, Fortaleza, Jericoacoara. A gente deve ter, de fato, uma retomada de preços. Importante o passageiro ficar atento no seu processo de compra e antecipação de aquisição das suas viagens de alta temporada, principalmente”, disse o secretário.

A média das tarifas durante a pandemia chegou a R$ 350, considerado um piso histórico. Porém, de acordo com o deputado Eduardo Bismarck, está ocorrendo um exagero nas cobranças.

“Hoje se encontra passagem Brasília-Fortaleza, só uma perna, a R$ 2 mil para viagens daqui a 15 dias. É um valor exorbitante para o cidadão comum, mais do que um salário mínimo. E dificilmente encontrará abaixo de R$ 1 mil”, citou Bismarck.

O deputado e o secretário se reuniram em uma audiência pública na última semana. Outros parlamentares também estiveram presentes.

Para tentar baratear os custos para as companhias aéreas, o deputado pediu mais esforço do governo para incentivar à aviação regional com aviões de pequeno porte. Glanzmann, em resposta, disse que o Executivo já investiu R$ 2,5 bilhões no setor. Ele também defendeu a volta da isenção de Imposto de Renda para o leasing (aluguel) de aeronaves.

O secretário concordou, ainda, com os deputados sobre a necessidade de manutenção da isenção de IPI e Imposto de Importação para peças de aeronaves, o que pode ser modificado pelo projeto da segunda fase da reforma tributária.

Para os viajantes, isso significa que será necessário se programar com maior antecedência para viajar e conseguir os melhores preços de passagens aéreas.

Via: Agência Câmara de Notícias.

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